quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nessa noite



Sentado na cama e vendo o vento levar tudo,
Apagando da minha mente a fantasia dourada
E um cruel sentimento de outros tempos.

Como dói esse momento, como é vão todo tormento
Alimentado na flor da idade, a fals(a)idade
De querer tudo, de tudo temer também.

Nessa noite o silêncio escreve a última página
De um livro que ninguém lerá.
Nessa noite os olhos frios da tristeza
Fitarão fixamente o espaço
entre a memória e o esquecimento.

E tudo será como sempre,
Embora a sorte nos diga que não.
E tudo entrará para o aqui,
Pois, a toda hora, algo de sísmico
Nos atinge e abala.

Caindo aos pedaços a morada
Que por uma vida habitávamos.

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