sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

EUROPA RUMA PARA SEGUNDA RECESSÃO EM APENAS TRÊS ANOS




Correio do Brasil, com agências internacionais - de Londres

A economia da zona do euro está caminhando para sua segunda recessão em apenas três anos, enquanto a União Europeia ficará estagnada, afirmou o escritório da UE nesta quinta-feira, alertando que a região ainda precisa quebrar o ciclo vicioso de dívida. A produção econômica das 17 nações que compartilham o euro irá contrair 0,3% este ano, afirmou a Comissão Europeia em relatório, revertendo a previsão anterior que mostrava crescimento de 0,5% em 2012. A União Europeia, composta pelas 27 nações que geram um quinto da produção global, não registrará crescimento este ano, segundo expectativa da Comissão.

“A UE está pronta para enfrentar um PIB (Produto Interno Bruto) estagnado este ano, e a zona do euro irá sofrer uma pequena recessão”, afirmou a Comissão em seu relatório interino. “Retornos negativos se enrolam entre os fracos devedores soberanos, frágeis mercados financeiros, e uma desaceleração da economia real ainda não parece ter sido quebrada”, acrescentou.

A zona do euro esteve em recessão pela última vez em 2009 em decorrência da crise econômica global, com a economia se contraindo em 4,3 %, na maior retração mundial desde os anos 1930. Uma mistura venenosa de altas dívidas públicas, evaporando a confiança do investidor e dos negócios e aumentando o desemprego, interrompeu uma recuperação de dois anos da crise financeira global, dizem economistas. Apesar dos sinais de estabilização este ano, economistas consultados pela Reuters esperam que o crescimento retorne apenas em 2013.

A inflação para a zona do euro este deve ficar mais próxima do que o Banco Central Europeu (BCE) julgar ser o nível correto para preços estáveis e uma economia saudável: 2,1%, segundo projeção da Comissão. A previsão de crescimento para a zona do euro é ligeiramente mais otimista que a do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acredita que a produção na região cairá 0,5 % este ano. Mas ambos concordam que o bloco só apresentará uma modesta recuperação nos últimos meses de 2012.

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