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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Constituição 30 anos: A celebração da data na visão de ministros do STF

Ministros que integram e que integraram o STF nos 30 anos de vigência da Constituição reafirmam a sua importância para a restauração do Estado Democrático de Direito e para a estabilidade institucional vivida pelo Brasil desde a sua promulgação.


Ministros que integram e que integraram o Supremo Tribunal Federal nos 30 anos de vigência da Constituição da República, celebrados no dia 5 de outubro, são unânimes em reafirmar a importância da Carta para a restauração do Estado Democrático de Direito e para a estabilidade institucional vivida pelo Brasil desde a sua promulgação. Outro ponto ressaltado é seu papel na garantia dos direitos fundamentais e na promoção dos direitos sociais. Acompanhe a seguir a declaração de alguns ministros do STF.
Ministro Marco Aurélio
O que é a Constituição Federal? É a maior das leis. Ela está no ápice da pirâmide das normas jurídicas e visa reger em última palavra a sociedade. Porém, mais importante do que o aspecto formal, do que se contém na Constituição Federal, é a sua observância. Temos uma Carta calcada principalmente na consagração de direitos sociais e de direitos fundamentais.
Ministro Gilmar Mendes
Essa Constituição produziu 30 anos de estabilidade. No que ela se diferencia das outras constituições? Ela é democrática e respeitosa para com os direitos fundamentais. Ela fortaleceu os direitos do cidadão no âmbito do Judiciário. Tem defeitos? Claro que tem. Pode ser aprimorada? Pode. Deve ser supressa? Acredito que não. Ombudsman, ela permitiu que de fato as questões fossem tratadas com maior respeito. Quando se diz que há um direito, mas que não se pode exercê-lo porque falta uma lei, é possível discutir isso no Judiciário alegando que há uma omissão inconstitucional. Tudo isso está previsto no seu próprio texto.
Ministro Roberto Barroso
Conseguimos conquistas muito importantes: estabilidade institucional e monetária, ampla inclusão social, avanços relevantes em matéria de direitos fundamentais de mulheres, negros, gays e populações indígenas e avanços na liberdade de expressão. Acho que a Constituição brasileira reflete uma história de sucesso.
Ministro Edson Fachin
A Constituição redesenhou o Brasil do ponto de vista normativo, político e econômico. E, passados 30 anos, não há dúvida de que seu programa normativo se realizou, com as instituições cumprindo as suas funções e sendo também submetidas ao escrutínio da sociedade. Por outro lado, as liberdades políticas, a realização deste programa de uma Constituição aberta, plural e inclusiva também se levou a efeito nesses 30 anos. Hoje, não há dúvida alguma de que vivemos num país com muitos desafios, mas com inequívoca liberdade de pensamento e de expressão. Portanto, a Constituição da redemocratização efetivamente trouxe uma república ao Brasil, com compromissos que foram realizados e outros tantos que ainda devem ser levados a efeito, para que ela não seja apenas uma peça de museu ou, como diziam alguns teóricos, um pedaço de papel.
Ministro Alexandre de MoraesDurante 30 anos, mesmo com todas as crises políticas, econômicas e éticas que o País vive e viveu, mantivemos a estabilidade democrática e institucional graças, principalmente, a esse equilíbrio entre os Poderes e à aposta que fez o legislador constituinte no Supremo Tribunal Federal e no Poder Judiciário como o poder do Estado apto a moderar e equilibrar eventuais desavenças entre os Poderes, entre estados-membros e entre a União e os estados. Esse papel significativo do Supremo Tribunal Federal que foi ampliado pela Constituição de 1988 – e que todas as gerações que vêm passando pelo Supremo vêm reforçando – é importantíssimo para manter no país a estabilidade.
Ministro Francisco Rezek (aposentado)
Essa Constituição pode ser emendada em pequenas coisas corretivas ou minimamente ampliativas, mas vem sendo observada com relativo rigor na fidelidade ao seu texto por todos os agentes públicos dos Três Poderes e pela sociedade em geral. É uma Constituição da qual o País se orgulha.
Ministro Nelson Jobim (aposentado)
A Constituição sobreviveu e claramente conseguiu gerir, com as suas instituições, as crises políticas que ocorreram, como o impeachment do presidente Collor e o da presidente Dilma. As instituições estão funcionando. Estamos, evidentemente, com um gap de transição entre gerações no que diz respeito aos novos políticos que aparecem, mas tudo isso é normal no processo democrático.
Acesse o site comemorativo do STF aos 30 anos da Constituição Federal.

domingo, 24 de junho de 2012

De fiasco a clássico da ficção científica, "Blade Runner" completa 30 anos

  • Harrison Ford em cena de Blade Runner Harrison Ford em cena de "Blade Runner"
O cultuado filme "Blade Runner: O Caçador de Androides" completa 30 anos sem seres replicantes e sem as colônias espaciais antecipadas na trama futurista deste reconhecido longa-metragem, uma das obras-primas da ficção científica.

Dirigido por Ridley Scott e baseado no livro de Philip K. Dick, "O Caçador de Androides", o filme estreou nos Estados Unidos dia 25 de junho de 1982, mesmo ano que "E.T. - O Extraterrestre", "Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan" e "Tron: Uma Odisseia Eletrônica", todas com um maior sucesso comercial que "Blade Runner".

"O filme passou de fiasco a clássico sem nunca ter sido um sucesso", declarou Scott ao ser perguntado pelo impacto da produção.

O filme protagonizado por Harrison Ford, Sean Young, Edward James Olms e Daryl Hannah, entre outros, segue os passos de Ford no papel do detetive Rick Deckard ou "Blade Runner", que tinha que caçar robôs com aspecto humano, chamados de replicantes, que se rebelaram após tomarem consciência de si mesmos.

Esses seres replicantes, que faziam parte de uma colônia espacial, retornaram à Terra com a intenção de encontrar seu criador e, após serem tratados como delinquentes, demonstram ter mais humanidade que seus fabricantes.

A história se passa na cidade de Los Angeles do ano 2019, uma data que em 1982 soava como ficção científica. No entanto, nos dias atuais, essa data fica um pouco próxima para abrigar esse sombrio e chuvoso futuro que transforma a quase sempre ensolarada cidade californiana.

A rodagem do filme foi complexa, marcada por tensões, e sua estreia foi pouco promissora.

A versão original, a mais obscura de todas, não funcionou bem com o público nas exibições prévias realizados em várias cidades dos EUA e, por isso, Scott aceitou modificar o filme para dar um sabor mais vitalista a trama.

O primeiro "Blade Runner" insinuava que o personagem de Ford também era um replicante, algo que o diretor chegou a confirmar no ano 2000.

No total, ao longo desses anos, Scott montou cinco versões diferentes do longa-metragem: a inicial, a versão oficial de 1982 para os EUA, a versão internacional desse mesmo ano, a chamada "do diretor" em 1992, que teve seu final feliz eliminado, e a conhecida como "montagem final", lançada em comemoração do seu 25º aniversário de lançamento.

Para comemorar as três décadas de "Blade Runner" em outubro, a Warner Bros. lançará uma edição para colecionador que será apresentada em formato Blu-ray e também contará com as outras versões em DVD.

"Blade Runner" aparece como um exemplo de filme que antecipa seu tempo, sendo um herdeiro de títulos como "Metropolis" (1926), de Fritz Lang, e gerando influência em filmes como "Matrix", "Minority Report: A Nova Lei" e "Prometheus", entre outros.

O filme de Scott se insere dentro da tendência artística do chamado "ciberpunk", movimento muito popular nos anos 80, e sua influência ultrapassou os limites da tela até o ponto do filme virar tema de análise, e os replicantes serem considerados uma referência para os especialistas em robótica.

Outro legado deixado pelo filme foi sua inconfundível trilha sonora, composta pelo grego Vangelis. Assim como o filme, a trilha não teve muito êxito logo de imediato e precisou esperar 12 anos para ser comercializada em um disco.

"Blade Runner" nasceu com ideia de ser uma saga, embora o projeto nunca tenha tomado forma após sua pobre estreia, algo que a produtora Alcon Entertainment se propôs a por em prática nos próximos anos em colaboração com Ridley Scott. Segundo o diretor, essa nova sequência do filme não será centrada no personagem de Harrison Ford.

Fonte: EFE - Fernando Mexía/ Uol Entretenimento - Cinema

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