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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Twisted Sister - Love is for Suckers (1987)

Reproduzo aqui no blog uma postagem retirada originalmente do blog Combe do Iommi, sobre a banda americana Twisted Sister, que tocou muito nas vitrolas dos anos 80 e que embalou a juventude de muitos fãs da banda. Curtam!


Twisted Sister – Love Is For Suckers [1987]


Nova York, segunda metade dos anos 70. O punk era a nova ordem mundial, mas ainda não tinha aquela característica de movimento sujeito a traições imbecis e radicalismos. Eram apenas um bando de junkies com muita gana e que não sabiam tocar direito seus instrumentos.

As vertentes eram inúmeras. Dos devotos do som de Detroit, de MC5 e Stooges (como os Ramones e os Sex Pistols), àqueles adeptos da androginia de Marc Bolan e seu T Rex (como New York Dolls e Twisted Sister). Tudo isso dentro de uma trincheira underground que ameaçava sobremaneira o já cansado esquemão do mainstream. O Twisted Sister ocupava seu espaço.

No começo dos anos 80, a vertente adotada pelo Twisted Sister estava se afastando do punk e flertando com o hard rock, iniciando aquilo que seria o Glam Metal, Hard Farofa ou chame lá do que quiser. As novidades eram Poison e Mötley Crüe (este último ainda com um pé no heavy metal em seu primeiro disco).

O auge do sucesso dos Sisters se deu com Stay Hungry e o hipermegahit We’re not gonna take it. Uma canção com a simplicidade punk, com três acordes e sem um solo de guitarra que necessitasse um mínimo de estudo no instrumento. A bateria era forte e marcada e os vocais, melódicos mas com um apelo gutural. O disco estourou mundo a fora e transformou a banda em um dos principais expoentes daquele mainstream tão odiado.
Depois veio Come Out And Play, com uma superprodução digna de primeiro escalão do cast da gravadora: capa com tampa de bueiro que abre e mostra a foto do encarte; encarte primoroso com fotos em cores e todas as letras; participação especial de medalhões como Alice Cooper e Billy Joel; e farta distribuição mundial.
Mas o dinheiro é um veneno para quem não está preparado ou não sabe lidar com ele. E o Twisted Sister afundou-se na trincheira que eles mesmos cavaram. Eddie “Fingers” Ojeda sofre um esgotamento nervoso (até hoje não explicado) e a turnê teve que ser interrompida (os palcos da turnê eram fantásticos, tendo até um carro todo pichado como cenário). A. J. Pero, o baterista responsável pela maravilhosa introdução de We’re not gonna take it, pula fora da banda. O futuro é incerto.
Mas gravadora não quer saber de problemas humanos. Quer dinheiro e o retorno ao investimento que foi feito. Nesse clima é composto e gravado Love Is For Suckers, postagem de hoje.
Da formação original, praticamente só Dee Snider e Mark “The Animal” Mendoza restaram trabalhando. O disco é praticamente um trabalho solo de Dee Snider, que conta com Joey “Seven” Franco (Widowmaker) nas baquetas e o novato Reb Beach (sim, ele mesmo) nas guitarras, em sua primeira gravação profissional pré Winger. Jay Jay French e Eddie “Fingers” Ojeda participam, mas percebe-se claramente que estão em segundo plano (se é que gravaram alguma coisa realmente). A produção ficou a cargo do excelente Beau Hill (Chery Pie, do Warrant), que também gravou os teclados.
A Atlantic Records bota nas prateleiras esse disco no dia 13 de agosto de 1987, quando um já agonizante Twisted Sister não existia mais na prática, pois a tentativa de uma turnê encerrou após dois meses e alguns poucos shows. O play, senhoras e senhores, só não é o melhor daquele ano no hard rock porque tem que concorrer com o 1987 do Whitesnake. Um petardo do hard rock oitentista como poucas vezes se viu.


Bateria precisa e pesada, guitarras perfeitas, com solos e riffs inspiradíssimos (cortesia de Beach), vocais maravilhosos e uma produção impecável. Wake Up The Sleeping Giant abre os trabalhos dizendo a todos que, apesar de adormecida, a carreira de Snider ainda tinha muito a oferecer.
Hot Love e Tonight formaram o single do álbum, e constituem duas das melhores músicas do hard rock que conheço. Fora de série. Temos um Twisted Sister apresentando os melhores riffs, letras e refrões de sua carreira. Hot Love também teve clipe veiculado na MTv, no qual Eddie Ojeda sequer aparece (na cena de palco não aparece o rosto do segundo guitarrista). A estrela, obviamente, é Dee Snider.


I’m So Hot For You, Me And The Boys, One Bad Habbit (letra genial) e I Want This Night To The Last Forever são perfeitas. O disco é bom do começo ao fim! Difícil destacar somente uma. Tudo aqui é bem feito e inspirado. Dee Snider mostrava ao mundo que poderia fazer música boa sem as maquiagens pesadas e sem seus companheiros de Twisted Sister.
Tem baladão também. You Are All I Need é daquelas baladas típicas do Twisted Sister, com o vocalista cantando o amor para “suckers” como se fosse convencer a gata com a ajuda de um tacape. Mas, ainda assim, é o amor, que se manifesta de maneiras misteriosas.
Em época de internet, na qual não estamos presos aos jabás das rádios e canais de televisão, podemos escutar o que quisermos e dar o nosso veredito. Ouça Love Is For Suckers e me respoda: é ou não é o melhor disco do Twisted Sister?
Mesmo que você achar que não, ainda assim o convenci a escutar essa pérola. E isso para mim já vale a pena.

Track List

1. "Wake Up (The Sleeping Giant)"
2. "Hot Love"
3. "Love Is for Suckers"
4. "I'm So Hot for You"
5. "Tonight"
6. "Me and the Boys"
7. "One Bad Habit"
8. "I Want This Night (To Last Forever)"
9. "You Are All That I Need"
10. "Yeah Right"

Dee Snider (vocais)
Eddie "Fingers" Ojeda (guitarras)
Jay Jay French (guitarras, vocais)
Mark "The Animal" Mendoza (baixo, vocais)
Joey “Seven” Franco (bateria)

Músicos creditados como adicionais

Reb Beach (guitarras)
Beau Hill (teclados, vocais)
The New West Horns (sopros)
Jimmy Chalfant, Steve Whiteman, Kip Winger (vocais)

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Por Zorreiro



domingo, 10 de junho de 2012

Companhia americana cria vidro ultrafino e flexível


Uma companha americana lançou um tipo de vidro ultrafino e flexível que pode ser ''embrulhado'' ao redor de um objeto.
O produto, batizado de Willow Glass (Vidro Salgueiro) foi desenvolvido pela companhia Corning, a mesma empresa que criou o Gorilla Glass, usado para em telas para telefones celulares.
O vidro flexível foi mostrado pela primeira vez durante uma feira comercial realizada na cidade americana de Boston.
O protótipo exibido em Boston era tão fino quanto uma folha de papel. A empresa afirmou que ele pode chegar a ter uma espessura de apenas 0,05 milímetros - bem mais fino, portanto, do que a espessura média das telas atuais de smartphones, que medem entre 0,2 milímetros ou 0,5 milímetros.

Descoberta de Jobs

O material utilizado para fazer o Willow Glass é resultado do processo de produção de vidro da empresa, chamado de Fusion (Fusão).
O vidro ultrafino e flexível pode ser obtido ao se dissolver os mesmos ingredientes a uma temperatura de 500 graus e em seguida produzir uma folha contínua que pode ser desenrolada por meio de um mecanismo similar à que é usada no processo de impressão.
Cientistas da Corning atuam na produção do Gorilla Glass 2 (BBC)
Cientistas já haviam produzido vido mais fino que tela normal de smartphone
Acredita-se que no futuro o Willow Glass poderá vir a substituir o já amplamente utilizado Gorilla Glass, utilizado em diversos smartphones e tablets.
Em uma feira realizada em Las Vegas neste ano, a Corning já havia divulgado o Gorilla Glass 2, que ela disse ser 20% mais fino do que o produto original, mas dotado da mesma resistência.
A primeira geração do Gorilla Glass, lançado em 2007, já foi utilizado em mais de 575 produtos de 33 companhias - cobrindo um número superior a 500 milhões de telefones móveis em todo o mundo.

Telefone 'sensível'

O primeiro a descobrir o vidro especial foi o fundador da Apple, Steve Jobs, que contratou a Corning quando a empresa estava desenvolvendo a tela para o seu primeiro iPhone, em 2006.
Nos últimos anos, cientistas em diferentes países vêm trabalhando com um material chamado grafeno, produzido pela primeira vez em 2004. O grafeno é uma folha plana de átomos de carbono densamente compactados e com espessura de apenas um átomo.
Em uma entrevista dada à BBC, Andrea Ferrari, um pesquisador da Univesidade de Cambridge, disse que protótipos de telas sensíveis ao toque feitas de grafeno já estão sendo desenvolvidas e que além de serem resistentes e flexíveis, no futuro tais telas poderão até mesmo oferecer o que chamou de um ''feedback de sensações''.
O pesquisador explicou que os avanços científicos farão com que ''o seu telefone seja capaz de sentir se você o está tocando, ele sentirá o ambiente à sua volta e você não terá que tocar um botão para ligá-lo ou desligá-lo". "Ele próprio será capaz de reconhecer se você o está usando ou não'', afirmou.
Fonte: BBC/Brasil

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