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terça-feira, 2 de abril de 2019

A CONSCIÊNCIA DO SOFRIMENTO DOS ANIMAIS

Os animais são conscientes de seu sofrimento? Para qualquer pessoa que conviva com um animal, a resposta para essa pergunta é muito clara. No entanto, o que a neurociência tem a dizer sobre o assunto? Podemos assegurar que a ciência comprova a consciência que os animais têm de seu próprio sofrimento e do alheio?
Bom, como não podia ser de outra forma, a resposta é “sim”. neurociênciatem provas contundentes de que todos os animais mamíferos, aves e outras espécies são conscientes de seu próprio sofrimento. A informação não é nova. Em 2013, a Declaração de Cambridge falou sobre este assunto com provas inegáveis. As pesquisas continuam e confirmam cada vez mais esta verdade.
Foram identificados circuitos homólogos, tanto em humanos quanto em animais, cuja atividade coincide com a experiência consciente. Parece que os circuitos neuronais que se ativam enquanto um animal sente uma emoção são os mesmos que se ativam em humanos para a mesma emoção.Neurologistas reconhecidos de todo o mundo avaliam este estudo e concordam que os animais experimentam a consciência de seu próprio sofrimento.

A Declaração de Cambridge sobre a consciência

Há sete anos, em 7 de julho de 2012, cientistas renomados assinaram a Declaração de Cambridge sobre a Consciência. Este documento declara que não só os seres humanos, mas também uma quantidade significativa de animais, incluindo vertebrados e invertebrados, são seres conscientes. Isso quer dizer que são seres sensíveis, ou seja, experimentam o que acontece com eles e têm estados mentais que podem ser positivos ou negativos para eles.
Existe um consenso científico da evidência que demonstra que os animais não humanos possuem os substratos neuroanatômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos dos estados conscientes junto com a capacidade de exibir comportamentos intencionais. Ou seja, os humanos não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram consciência.
Cachorro triste
Philip Low, fundador e diretor executivo da companhia neurodiagnóstica NeuroVigil, na California; Christof Koch, do Instituto Allen de Ciências do Cérebro em Seattle; David Edelman, do Instituto de Neurociências de La Jolla, California, e outros neurocientistas de prestígio participaram da Declaração de Cambridge.
É uma mensagem nítida que confirma que a capacidade de ter experiências positivas e negativas possibilita que um ser possa ser machucado. Existem evidências poderosas para pensar que isso é o que se deve ter em conta quando se trata de dar a alguém uma consideração não discriminatória.

Os estudos recentes sobre a consciência do sofrimento dos animais

Durante todo este tempo foram realizados estudos que confirmaram, mais uma vez, estes acontecimentos. Jarrod Bailey e Shiranee Pereira apresentaram em 2016 uma pesquisa sobre os circuitos cerebrais relativos às emoções e à empatia em cães. Este estudo confirma e amplia as conclusões da declaração de Cambridge.
O INRA, em colaboração com a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, realizou uma nova avaliação científica atualizada da literatura sobre a consciência animal. Os resultados foram apresentados em 2017 em Parma, na Itália. Esta pesquisa corrobora que os animais possuem sistemas nervosos que suportam processos conscientes de informação complexa, incluídas as emoções negativas causadas por estímulos nociceptivos.
O estudo contempla diferentes espécies, entre primatas, corvídeos, roedores e ruminantes. A pesquisa conclui que devido à memória autobiográfica observada em animais como os primatas, corvídeos e roedores, é possível que eles tenham desejos e metas que se estendem ao passado e ao futuro, podendo ser afetados negativamente pela experiência aversiva.

Macaco em cima de pedra

Não há desculpas para justificar o sofrimento dos animais

Sete anos depois da apresentação de evidências sólidas sobre a consciência que os animais possuem em relação ao seu próprio sofrimento e a infinidade de estudos posteriores que comprovam o mesmo, não há desculpas para ignorar os maus-tratos animais alegando que eles não sofrem.
Todos aqueles que ignoram e defendem seu direito de se divertir com o dano causado a outros seres vivos devem procurar outros argumentos, pois a ciência não cabe mais. Da mesma forma, a regulação do direito destes seres vivos à proteção e bem-estar está produzindo um importante eco no campo jurídico, onde estas evidências estão se materializando em forma de leis que vão afetar muitos outros campos.
Apesar do estudo da consciência em humanos ser complexo, parece que, a partir de agora, os estudos sobre a consciência humana andarão de mãos dadas com a dos nossos companheiros de planeta.
Retirado do site: A mente é maravilhosa

domingo, 20 de outubro de 2013

NOVOS ESTUDOS CONFIRMAM INFLUÊNCIA DO BEIJO, SORRISO E CHORO NO COMPORTAMENTO HUMANO

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Quais verdades científicas estão por trás de fatos aparentemente simples, naturais e inevitáveis das nossas vidas cotidianas? A ciência busca respostas tanto para as perguntas mais intrigantes do Universo como também para os pequenos mistérios do nosso dia a dia, que estão atrás de um beijo, do choro, do sexo, do sorriso falso e da rejeição. Todos estes "pequenos" temas da nossa vida privada foram alvos de investigações científicas nas últimas semanas. Confira abaixo as interessantes conclusões: 

O beijo: De acordo com um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford, o ato de beijar está além de ser algo cultural. Este gesto funciona como uma transmissão de informação, por meio de sinais químicos, sobre a compatibilidade genética, ou seja, seria um processo de seleção reprodutiva. Os mesmos pesquisadores, do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford, comprovaram por meio de um estudo extra que a importância do beijo, para as mulheres, aumenta sensivelmente durante a menstruação.   

O sorriso: Uma pesquisa da Universidade de La Laguna analisou a importância do sorriso entre os humanos para saber qual sentimento de confiança este gesto transmite e qual sua capacidade de dissimulação. A conclusão é que o sorriso é a imagem mais impactante do rosto (mais ainda do que o olhar) e que tem uma grande tendência a provocar uma interpretação errada sobre o ânimo de alguém. Ou seja, mesmo que tudo indique que uma pessoa está triste, apenas forçar um sorriso nos convencerá de que ela se sente alegre.   

A rejeição: Como o cérebro reage quando não somos correspondidos amorosamente? Esta foi a pergunta feita por pesquisadores da Universidade de Michigan. Depois de realizar uma pesquisa com 18 voluntários, eles perceberam que o cérebro produz opioides diante da rejeição social e do fracasso emocional. De acordo com o artigo publicado pela revista Molecular Psychiatry, esta descoberta pode servir para desenvolver tratamentos contra a depressão, já que é possível que pessoas com tendências depressivas ou fobias produzam menos opioides, o que faria com que elas se tornem menos capazes de se recuperar de experiências sociais negativas e de desfrutar situações positivas.   

O choro: Chegou-se à conclusão de que o choro de uma mulher produz um feito negativo em sua atração sexual para um homem. Ao menos esta foi a conclusão de um grupo de pesquisadores que fez a seguinte experiência: vários homens cheiraram lágrimas femininas ou líquido salino (placebo) e, em seguida, observaram imagens de mulheres. Os homens que cheiraram as lágrimas verdadeiras demonstraram menos desejo sexual do que àqueles que o fizeram com placebos. Este primeiro experimento foi complementado por uma ressonância magnética que atestou uma queda da atividade cerebral nas regiões ligadas à excitação sexual. De acordo com alguns pesquisadores, este estudo não está ligado à questão de gênero, mas à relação dominante-dominado. Diante das lágrimas, um animal dominado controla a agressão do dominante. Esta seria a função evolutiva das lágrimas, ou seja, uma forma de proteção diante de um individuo mais forte, o que é traduzido, culturalmente, em uma diminuição do desejo sexual diante do choro. 

Fontes: Universidade de Oxford, ABC, Universidade de Michigan e Scientific American   - See more at: http://noticias.seuhistory.com/novos-estudos-confirmam-influencia-do-beijo-sorriso-e-choro-no-comportamento-humano#sthash.MzXxs9rM.dpuf

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mulheres se perdem mais do que homens


Eles têm um senso de direção melhor do que elas, é verdade. Isso não é papo machista. E também não tem nada a ver com processo de evolução – aquela velha desculpa pra tudo, desde infidelidade masculina até preguiça de limpar a casa.  A culpa é dos hormônios. Mais precisamente da testosterona. Ela faz com que eles se percam menos no caminho de volta pra casa – ou pra qualquer outro lugar.
Psicólogos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisaram 35 estudos já existentes sobre habilidade espacial em humanos e animais, como cavalos, ratos, ratazanas, macacos, etc. E perceberam que, sim, os machos geralmente têm melhor senso de direção do que as fêmeas.
Mas descartam a possibilidade disso ser um resultado positivo do processo evolutivo. “Há muitos buracos nesta teoria. Pense: somente os homens que sabiam o caminho de volta eram bem sucedidos. Eles teriam filhos e, logo, passariam esses genes para todos, inclusive para mulheres”, diz Justin Rhodes, um dos autores da pesquisa.
Eles acreditam que, na verdade, o senso de direção aguçado é um dos efeitos colaterais dos altos níveis de testosterona – tipo barba e voz grossa. Aliás, segundo a pesquisa, estudos já comprovaram que aumentar o nível de testosterona nas mulheres faz com que elas se localizem melhor.
Quem se interessar pela explicação do próprio pesquisador, com desenho e tudo mais, é só dar uma olhada nesse vídeo aqui:
Crédito da foto: flickr.com/vouterismanos
Fonte: super.abril.com.br

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Estudo do YouTube mostra que crianças estão 'a três cliques' de conteúdo explícito

JOSH HALLIDAY (DO "GUARDIAN")
Crianças que assistem a videoclipes de programas como "Vila Sésamo e "Peppa Pig" no YouTube estão a em média três cliques de distância de conteúdo adulto explícito veiculado no site, o que inclui nudez e violência, de acordo com uma pesquisa.
Um estudo divulgado como parte do Dia da Segurança na Internet, terça-feira (5), constatou que imagens explícitas estão disponíveis para crianças que assistem a vídeos extraídos de programas infantis populares.
Ilustração Adams
Crianças estão a três cliques de conteúdo explícito, diz estudo
Crianças estão a três cliques de conteúdo explícito, diz estudo
Em um dos casos, o usuário do YouTube estava a apenas dois cliques de distância de um clipe que mostra um parto, partindo de um vídeo de "Vila Sésamo", afirmou a companhia de segurança na computação Kaspersky, que conduziu a pesquisa. A lista de vídeos recomendados, exibida na barra direita da página ao lado do vídeo que está sendo assistido, oferecia um caminho que conduz a conteúdo explícito, constataram os pesquisadores.
Um estudo separado envolvendo 24 mil jovens constatou que 27% das crianças entre sete e 11 anos e quase metade dos jovens entre os 11 e os 19 anos haviam encontrado algo que consideram "doloroso ou desagradável" online nos últimos 12 meses.
A pesquisa vai sublinhar as crescentes preocupações quanto à falta de proteções robustas para as crianças no ciberespaço.
PROTEÇÃO
O ministro britânico da Criança, Edward Timpson, disse que "sabemos como é importante que os jovens fiquem seguros e que contem com apoio no seu uso da internet, e que os pais possam confiar em que seus filhos estão protegidos contra conteúdo prejudicial".
"Já demos passos importantes para tornar o acesso à internet menos perigoso para as famílias, e continuaremos a trabalhar com o setor, com os pais e com os jovens para criar uma internet ainda mais segura no futuro", afirmou.
O estudo da Kaspersky sobre o YouTube oferece diversos exemplos que mostram que crianças estão a entre dois e quatro cliques de conteúdo possivelmente reprovável, no mais popular site mundial de vídeo. Em um caso, um vídeo musical que mostrava armas e continha palavrões estava a dois cliques de um clipe do Rastamouse, para quem seguisse as listas de vídeos sugeridos do YouTube.
"É preocupante perceber o quanto é simples para uma criança encontrar vídeos com conteúdo adulto no YouTube", disse David Emm, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky Lab.
O YouTube dispõe de um modo de segurança que pode bloquear conteúdo indevido, por exemplo material pornográfico ou comentários obscenos. O Google admite que o recurso de segurança não tem "100% de precisão" porque depende em parte de que usuários classifiquem os vídeos como inapropriados, para que o sistema funcione.
SÓ MAIORES DE 13
Como o Facebook, o YouTube recomenda que o site só seja usado por usuários com pelo menos 13 anos de idade. Mas as duas empresas reconhecem que não há como garantir que isso aconteça.
A pesquisa entre 24 mil jovens, conduzida pelo UK Safer Internet Centre, constatou que mais de um terço das crianças de sete anos de idade e 45% dos jovens entre os 16 e 19 anos afirmam não ter sido instruídos sobre como preservar sua segurança online.
Emm, da Kaspersky, disse que a pesquisa sobre o YouTube destaca o potencial perigo de permitir que crianças usem a internet desacompanhadas. "A facilidade de acesso a conteúdo inapropriado na internet é parte do debate mais amplo sobre o possível controle ou censura da internet", disse.
YOUTUBE E 'SERIEDADE'
Um porta-voz do YouTube afirmou que "encaramos com muita seriedade a segurança em nossa plataformas, e trabalhamos em estreito contato com organizações de caridade, outras empresas do setor e instituições governamentais para proteger os jovens".
"O YouTube oferece diversos recursos a pais e educadores, como um currículo online e ferramentas como o modo de segurança, que os pais podem usar para filtrar conteúdo e comentários a que objetem", disse o porta-voz.
Alguns provedores de internet oferecem aos pais recursos para filtrar material inapropriado, a exemplo de vídeos violentos ou pornográficos, como modo padrão de operação. A BT, maior provedora de acesso à internet no Reino Unido, conta com controles de proteção familiar capazes de filtrar conteúdo do YouTube e bloquear sites inapropriados. O pacote HomeSafe, da TalkTalk, é usado por 460 mil dos cinco milhões de assinantes do provedor.
Tradução de Paulo Migliacci

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Segundo a NASA, 2012 foi o nono ano mais quente desde 1880


O ano de 2012 manteve a tendência de aquecimento do clima. De 132 anos para cá, os nove anos mais quentes ocorreram depois de 2000

por Redação Galileu
 Editora Globo
O mapa representa as anomalias na média da temperatura global entre 2008 e 2012 / Créditos: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio
Cientistas da NASA afirmam que 2012 foi o nono ano mais quente desde 1880. Uma análise de longo prazo revelou que os nove anos mais quentes em 132 anos, ocorreram após 2000, sendo 2010 e 2005 os anos mais quentes.
O Instituto de Estudos Espaciais da NASA, em Nova York, monitora as temperaturas na superfície global, levando em conta os dados de mais de 1000 estações meteorológicas, imagens de satélite e as pesquisas realizadas com gelo da Antártida. Os índices revelam que a Terra continua esquentando nas últimas décadas. Em relação à média da metade do século XX, a temperatura teria aumentado 0,6 ºC. Comparado com 1880, a média global subiu 0,8 ºC.
O aumento na emissão dos gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico, que retêm a frequência infravermelha dos raios solares, tem intensificado o processo de aquecimento global. Segundo os cientistas, cada ano não precisa ser necessariamente mais quente que o ano anterior. Porém, pela quantidade de gás emitida, a expectativa dos cientistas é que cada década fique bem mais quente que a anterior.
O nível de gás carbônico na atmosfera, emitido pela queima, sobretudo, de combustíveis fósseis, era algo em torno de 285 parte por milhão (ppm) em 1880, subindo para 315 ppm em 1960 e, atualmente, ultrapassando a faixa dos 390 ppm. As regiões mais atingidas são aquelas de climas mais extremos. 
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI328894-17783,00-SEGUNDO+A+NASA+FOI+O+NONO+ANO+MAIS+QUENTE+DESDE.html

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

UFOLOGIA É CIÊNCIA?


Boa parte dos estudos sobre óvnis carece de rigor científico ou está impregnada de forte misticismo. A culpa é também dos cientistas, que evitam pisar nesse campo minado para não colocar em risco sua reputação

por Leandro Steiw

Em novembro de 1977, o primeiro-ministro de Granada, Eric Matthew Gairy, sugeriu a criação de uma agência na Organização das Nações Unidas (ONU) para coordenar os estudos mundiais sobre o fenômeno óvni. A proposta foi adiante e, um ano depois, foi constituído um grupo de trabalho, formado, entre outros, pelos astrofísicos Josef Allen Hynek e Jacques Vallée, pelo engenheiro Claude Poher e pelo astronauta Leroy Gordon Cooper Jr. Pela primeira vez na curta história da ufologia, objetos voadores não-identificados seriam estudados com o aval de uma instituição digna de crédito no mundo todo. Mas os Estados Unidos não gostaram muito da idéia e avisaram que não financiariam qualquer investigação oficial sobre óvnis. Sem o apoio e a grana da maior economia do planeta, a idéia foi engavetada. E ficou uma pergunta no ar: se a ONU tomasse a frente desses estudos, a ufologia seria levada mais a sério?
O estudo de óvnis é um campo minado, no qual os cientistas evitam pisar para não explodir a própria reputação. A maioria dos acadêmicos considera a ufologia uma pseudociência, ou seja, um trabalho destituído do rigor da metodologia científica. Para piorar, dezenas de charlatões tomaram conta das pesquisas ufológicas, com a intenção de explorar a boa-fé das pessoas. Mas há cientistas, com formação acadêmica e reconhecimento público, que adotaram a ufologia como sua especialidade. Como identificar quem é quem no meio desse balaio de gatos?
Primeiro, é preciso entender o conceito. A ufologia investiga o fenômeno óvni – qualquer objeto visto no céu que não possa ser identificado ao primeiro olhar. A hipótese extraterrestre é apenas uma das possibilidades a serem investigadas. “Este é o principal problema da ufologia: a maioria dos próprios ufólogos”, diz Rogério Chola, ombudsman da revista UFO. “Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é o mesmo que nave extraterrestre.”
Esqueça os preconceitos
Os óvnis realmente existem. Pode ser um avião passando entre as nuvens, uma estrela brilhante, um meteoro, um satélite artificial, um balão meteorológico, pássaros. Pode ser um punhado de coisas banais que normalmente não tomariam a sua atenção, mas que, por terem aparecido em condições desfavoráveis – escuridão, neblina, distância –, não puderam ser identificadas de imediato. Os pilotos de aviões comerciais e militares freqüentemente encontram objetos desconhecidos no céu e relatam como óvnis. O papel dos ufólogos é este: buscar uma explicação para os fenômenos. “Se nenhuma dessas hipóteses explicar ou reproduzir o fenômeno, então o objeto continua sendo um óvni. Claro que a hipótese extraterrestre deve ser a última a ser considerada e, caso o óvni preencha certos requisitos, poderá ser enquadrado como um artefato de origem desconhecida da tecnologia humana e da natureza do planeta Terra. Ir além disso é especular sem argumentos convincentes”, afirma Chola.
As teorias
Atualmente, há quatro teorias sobre o fenômeno óvni. A primeira apela para o racional: óvni é algum tipo de aeronave avançada, secreta ou experimental de fabricação humana, desconhecida ou mal reconhecida pelo observador. A segunda é a mais polêmica: se nenhum fenômeno natural ou tecnologia terrestre servir de explicação, trata-se de uma espaçonave alienígena. A terceirateoria aponta para hipóteses psicossociais e psicopatológicas: quem vê um óvni sofre de algum distúrbio. E a quarta escola apóia-se na religião, no ocultismo e no sobrenatural – os óvnis são mensagens divinas ou diabólicas. Pobre do ufólogo quando as hipóteses de uma tendência misturam-se às de outra. “A ufologia extrapolou os seus limites ao enveredar por caminhos místicos e transcendentais, passando a estudar vida extraterrestre, canalizações de mensagens extraterrestres, contatos telepáticos e entidades de outras dimensões, entre outros, o que a rigor não compete a ela estudar”, diz Chola.
Mas a responsabilidade não é só dos ufólogos. Como a ciência abdicou do direito de estudar os óvnis, diversas histórias permanecem sem resposta e adubam a já fértil imaginação do homem. Um dos poucos cientistas que tentaram encontrar uma explicação para o fenômeno óvni foi o astrofísico americano Josef Allen Hynek (1910-1986), fundador do Centro para Estudos Ufológicos e conselheiro do Projeto Blue Book (leia mais na página 22). Nos anos 50, Hynek era cético sobre óvnis e acreditava que as descrições eram feitas por testemunhas que não haviam sido capazes de identificar objetos naturais ou de fabricação humana. Depois de ler dezenas de papéis, porém, ele encontrou relatos de gente instruída – como astrônomos, pilotos, oficiais de polícia e militares – que mereciam um mínimo de crédito. Hynek conversou com físicos que também contaram ter visto objetos voadores impossíveis de explicar à luz dos conhecimentos atuais daciência . Ele então abandonou o ceticismo, encarou a ufologia como profissão, aplicou a metodologia científica nas pesquisas e foi um dos personagens da frustrada tentativa de abrir a agência coordenadora na ONU.
No entanto, aos poucos, Hynek se tornou um crítico da explicação extraterrestre. Em 1976, ele afirmou: “Tenho apoiado cada vez menos a idéia de que os óvnis são espaçonaves de outros mundos. Há tantas coisas se opondo a essa teoria . Para mim, parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras de solo e assustar pessoas”. No final da vida, ele estava convencido de que os “discos voadores” tinham mais a ver com fenômenos psíquicos do que com veículos alienígenas.
Seja como for, a hipótese extraterrestre vem perdendo das outras teorias por falta de provas físicas. Em 60 anos, nenhum dos milhares de humanos que alegam ter contatado ETs conseguiu apresentar um único objeto comprovadamente de origem extraterrena. O mais famoso ufólogo do século 21, o americano cético Philip Klass, oferece 10 mil dólares a qualquer vítima de abdução que registrar queixa no FBI e deixar a polícia federal americana averiguar o caso. Se for verdade, o denunciante ganha a grana. Se for mentira, será multado em 10 mil dólares e preso por cinco anos. Até hoje, ninguém topou o desafio. H
"O principal problema da ufologia hoje é a maioria dos próprios ufólogos. Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é sinônimo de nave extraterrestre"
Rogério Chola, ombudsman da revista ufo
"Parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras e solo e assustar pessoas"
Josef Allen Hynek, astrofísico americano
Fonte: Supertinteressante - jun. 2005

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sonâmbulos Violentos

Um perigo real ainda pouco compreendido
por Daisy Yuhas
commons.wikimedia.org
Lady Macbeth vagando durante o sono; pintura de Henry Fuseli.
No mês passado, psiquiatras da Stanford University anunciaram que o sonambulismo está aumentando. Mais de 8,4 milhões de americanos adultos – 3,6% da população americana com mais de 18 anos – têm tendência ao sonambulismo. Esse é um aumento de 2% no número encontrado pelos mesmos autores há uma década.

E como aponta o último volume de Scientific American Mind, um subgrupo desses andarilhos noturnos pode ser perigoso para um fenômeno preocupante e perigoso: a violência no sono. O sonambulismo agressivo na população geral gira em torno de 2%, segundo pesquisas conduzidas na América do Norte e Europa. Mas nem todos os sonâmbulos exibem comportamento violento e o que causa a violência ainda é um mistério.

De fato, três transtornos distintos estão associados à violência no sono. Em transtornos de sonambulismo, a pessoa opera em um estado mental que fica entre o sono e o despertar, executando comportamentos complexos sem consciência evidente. Em comparação, pessoas com epilepsia noturna do lobo frontal experimentam ações inadvertidamente violentas, repetitivas e breves, como correr ou chutar, que precedem uma convulsão. Um terceiro problema, o distúrbio comportamental do sono REM (sigla em inglês para “movimento rápido dos olhos”) ocorre quando os centros de movimento no tronco cerebral – que criam paralisia durante o sono profundo – se deterioram, geralmente devido a uma doença do sistema nervoso como Parkinson. Sem essa paralisia, o corpo fica livre para se mover e agir como se estivesse no sonho, causando ferimentos acidentais tanto a quem dorme quanto a quem divide a cama. Em 2000 Eric Olson, do Centro Mayo de Distúrbios do Sono, revisou os registros de 93 pacientes com o distúrbio comportamental do sono REM e descobriu que 64% haviam atacado seus cônjuges e 32% haviam se machucado durante o sono.

Como várias doenças podem estar por trás da violência no sono, investigar os incidentes é compreensivelmente difícil. Michael Cramer Bornemann, especialista em sono do Centro Regional de Distúrbios do Sono de Minnesota, e seus colegas do Sleep Forensics Associates já lidaram com mais de 200 casos forenses relacionados a distúrbios do sono, geralmente a pedido da lei. Desses casos, apenas os de sonambulismo foram associados a comportamentos criminosos. Ele estima que cerca de um terço dos casos que os associados forenses encontram envolvem sedativos, como o Ambien, que podem aumentar o risco de transtornos de sonambulismo. Em um estado que fica entre o despertar e o sono essas pessoas podem caminhar por aí, comer, ou até dirigir enquanto adormecidos. Porém, mesmo sendo possível avaliar a probabilidade de alguém ter distúrbios de sono, decidir se aquela pessoa estava acordada ou dormindo durante um incidente específico é outra história.
Em 1997, Scott Falater, do estado do Arizona, esfaqueou repetidamente sua mulher e a empurrou na piscina do casal. Quando a polícia – acionada por um vizinho – chegou, Falater parecia inconsciente do que havia acontecido com sua mulher. Ele alegou estar adormecido durante o incidente.

Em 2004, a psicóloga Rosalind Cartwright – consultada pela defesa de Falater – escreveu um relatório do caso, fazendo um paralelo com um assassinato por sonambulismo no Canadá. Nos dois casos o assassino não tinha motivo aparente e era conhecido por ter uma relação positiva com a vítima. Os dois homens alegaram não se lembrar do ataque. Cartwright adiciona que essas pessoas estavam passando por intenso estresse pessoal e privação de sono na época do ataque, o que aumenta o risco de distúrbios do sono. Falater estava tomando pílulas de cafeína pela primeira vez em muitos anos. Cartwright observou que a adição desse estimulante à sua rotina diária pode ter aumentado ainda mais o risco de ter o sono interrompido. Os julgamentos, porém, tiveram resultados muito diferentes. Enquanto o caso do Canadá acabou em absolvição, os jurados ficaram céticos em relação à história de sonambulismo de Falater. Ele foi considerado culpado de homicídio e condenado à prisão perpétua.

Como Cartwright aponta no relatório, não existe teste único para diagnosticar transtornos do sono com certeza. Ela conduziu uma bateria de testes psicológicos e quatro noites de estudos antes de testemunhar que um distúrbio do sono poderia estar envolvido no caso de Falater. Mesmo assim, é praticamente impossível – e eticamente problemático – reconstruir as circunstâncias de uma dada noite ou obrigar um paciente a caminhar ou falar durante o sono.

Cramer-Borneman adiciona que a violência no sono apresenta desafios importantes para o sistema legal. Apesar de o sistema atual reconhecer apenas a mens rea, uma mente culpada é requisito para um ato culposo – talvez a compreensão tudo-ou-nada da mente seja inapropriada. Em vez disso, a violência no sono pode ser melhor explicada em termos de níveis de consciência, despertar, autocontrole e sono.

No momento, a possibilidade de vagar como Lady Macbeth, com olhos abertos “mas sentidos fechados” permanece uma realidade assombrosa: um vislumbre dos muitos mistérios que o cérebro adormecido ainda guarda.

Fonte: Scientific American Brasil

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Estudo do Facebook diz que qualquer pessoa está a cinco contatos de outra


A rede social fez uma pesquisa em parceria com a Universidade de Milão, e reduziu o número dos famosos "Seis Graus de Separação".

O Facebook atualizou a teoria de “Seis Graus de Separação”, anunciando que um estudo em conjunto mostra que qualquer pessoa na Terra está a apenas 4.74 passos (ou seja, 5 indivíduos) de ser apresentado a qualquer outro cidadão, em vez dos antigos seis.
A rede social, em parceria com a Universidade de Milão, fez uma aproximação do “número de saltos” ou graus de separação entre pares de indivíduos no Facebook. O estudo levantou que enquanto 99,6% das duplas estão conectadas por até cinco graus (ou seis ‘saltos’), 92% das pessoas estão interligadas por apenas quatro graus de separação (ou cinco saltos). De acordo com o site, a distância média em 2008 era de 5.28 saltos. 
O estudo também descobriu que as pessoas estão muito mais conectadas a outros indivíduos em seu próprio país. Em uma única nação, a maioria dos usuários está interligada por apenas três graus, ou quatro saltos. 
Naturalmente, a empresa atribui essa proximidade a próprio site, assim como às redes sociais em geral. “E com o crescimento do Facebook ao passar dos anos, representando uma parcela ainda mais da população mundial, ele se tornou firmemente mais conectado” diz o site, em um post no blog no qual foram anunciados os resultados. 
O conceito de “Seis graus de separação” foi estudado pela primeira vez por Stanley Milgram, em 1967. O estudo de Milgram foi feito com apenas 296 voluntários e determinou que a média de saltos entre os cidadãos era de aproximadamente seis  – ou 5.2 graus de separação. 
A rede social sublinha que esse estudo não pode ser comparado com aquele feito por Milgram, já que os indivíduos deste último tinham “conhecimentos limitados de uma rede social”, enquanto o Facebook possui “quase uma representação de toda a forma”. Em outras palavras, é possível que o estudo nos moldes do Facebook feito nos anos 60 teria revelado números parecidos, porque a rede social é capaz de estimar a mínima distância entre quaisquer duplas utilizando seus próprios dados. 
É importante salientar que as descobertas do site de Mark Zuckerberg e da Universidade de Milão foram obtidas a partir dos dados do Facebook. Enquanto que isso não é uma coisa ruim, já que a rede social conta com mais de 800 milhões de usuários, também significa que a rede social está extrapolando para levantar esses números. É como se, no final, aquelas pessoas do FB acabam sendo particularmente sociáveis, então é possível que um estudo de um fenômeno de “seis graus” possa revelar resultados diferentes caso fosse aplicado a pessoas que não utilizam a rede social. 
PC World/EUA

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