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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A verdade por trás do vidente que ‘previu’ a morte de Eduardo Campos

Um vidente teria previsto a morte do presidenciável Eduardo Campos em 2005 e teria registrado em cartório o documento no ano de 2005. Um dia após o acidente aéreo que tirou a vida de Campos, uma imagem começou a circular pelas redes sociais com a previsão, creditada a Jucelino da Luz (que se diz o clarividente de maior credibilidade do Brasil e do mundo), que tinha os seguintes dizeres:

“Venho mui respeitosamente, pedir que me escute porque teremos um acidente da TAM em São Paulo JJ 3054 e esse é um sinal que sua vida estará em risco e uma sabotagem vai derrubar seu avião em Santos com avião labace 2012, em 13/08/2014. Deverá ter muito cuidado, pois será candidato a presidente em 2014. Seu avião será sabotado e poderá ter outro acidente da TAM EM 26/11/2014. Espero estar errado.
Jucelino Nóbrega 15/06/2005. ”

Carta Jucelino da Luz

Ao compararmos a data da carta com a trajetória de Eduardo Campos, nota-se uma incongruência: até 20 de junho de 2005, Campos ainda era Ministro de Ciência e Tecnologia durante o primeiro mandato do governo Lula. Apenas em 2006 o político se candidatou ao governo de Pernambuco e venceu no segundo turno. Além disso, o mencionado labace não é uma marca de avião, mas sim a maior feira de aviação geral da América Latina e a 2ª maior do mundo — que, vale notar, teve início no mesmo dia do acidente de Campos, 13 de agosto.

Outro caso em que Jucelino da Luz teria previsto algo foi em 2007. Segundo ele, uma previsão sua de 2004 alertava a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, sobre um acidente nas obras do metrô. No dia 12 de janeiro, às 15h, uma cratera de 80 metros de diâmetro se abriu no local onde seria a estação Pinheiros da linha amarela. Entretanto, o documento com a previsão foi registrado somente no dia 22 janeiro de 2007.

Em seu site oficial, o vidente exibe diversas reportagens mostrando suas previsões acertadas, mas também diversos erros. Contudo, como bem aponta o e-farsas, a previsão é falsa.

Fonte:  Info

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Beija a flor do "panis et circenses"

A todos indico a leitura do artigo abaixo, de autoria do meu caro amigo, Professor Jorge Leão.


A indústria cultural vende seus modelos, impondo seus estigmas. Embalada pela utilidade do corpo em seu aspecto aparente, a mídia noticia o ritmo do Maranhão sob a imagem de um beija-flor...



A homenagem da cidade de São Luís na cidade “maravilhosa” retrata o sucesso da propaganda eleitoreira, que visa manter no poder o mesmo sistema-do-mirante, agora em ritmo de samba e bumba-boi.

A marca deste investimento milionário será mostrar uma casca, uma imagem aparente e fictícia do Maranhão, que vê os seus brincantes na passarela sendo títeres do fracasso social, político e cultural de nossa cidade e nosso empobrecido estado, enquanto nas arquibancadas a platéia assiste aturdida o desfile de um carro iluminado na passarela de um carro abre-alas que nunca foi nosso.

Aqueles que possuem um pouco de percepção logo observarão que este carnaval é para poucos, pois ele se alimenta do comércio da cultura e do analfabetismo político de milhões de maranhenses que vão olhar extasiados o desfile da escola, sem entender por que no estado mais pobre do Brasil o povo é tão “feliz”, mesmo sendo tão excluído...

Não se faz imagem de cultura de um povo sem a garantia de que o mesmo possa usufruir de justiça social, de uma política de renda equitativa, da extinção do latifúndio (o Maranhão é o estado que possui mais mortes no campo em todo o país por conflitos de terra), da erradicação do trabalho escravo (milhares de maranhenses trabalhando dentro e fora do estado sem as mínimas condições de saúde e dignidade), do fim do analfabetismo funcional (que assola cerca de 1.300.000 maranhenses), e da eliminação da mortalidade infantil (uma das mais altas do mundo).

Esses são pontos chave para compreendermos o porquê de tanta festa, patrocinada pelo governo do estado. O sistema-do-mirante aqui nestas terras se alimenta da falência social, econômica, cultural e política da maior parte dos maranhenses, que se encontram aplaudindo o continuísmo de um império oligárquico que sempre expõe seus tentáculos sobre a farsa folclórica de um povo que continua a esquentar seus pandeirões na fogueira da miséria e da falência na educação, e no sistema de saúde vergonhoso a que se encontra padecendo grande parte de nossa população.

Mesmo passada a ditadura militar no Brasil, vive-se no Maranhão a ditadura da politicagem, que exclui a população pobre do campo, pois se encontra vendida pelos coronéis do latifúndio e do agronegócio. Soma-se a isso o feitiço do boi, que agora não morre mais, pois presta serviços caros ao dono da fazenda.

 Com este cenário, surge, ao lado da fome e da miséria, a propaganda de que ‘é bom demais viver no Maranhão’. Este é o setor onde a indústria do pão e circo explora com maior eficiência, utilizando-se do controle midiático para falsear a realidade, dizendo a todo o Brasil que o povo maranhense sabe fazer festa...

O objetivo único deste sistema-do-mirante é a manutenção de uma massa de vacas de presépio, sempre dispostas a acatar incontestavelmente, ao comando dos pandeirões, matracas e tamborins, o traço infeliz de um povo que sorri de sua miséria, ainda tendo que ver um falso beija-flor pousar em um jardim de flores artificiais.
 
Jorge Leão
Professor de Filosofia do Instituto Federal do Maranhão

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