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sábado, 5 de janeiro de 2013

Árbitro profissional dá dicas para quem deseja ingressar na profissão



José Pelissari (Foto: Divulgação)
José Pelissari, árbitro profissional de basquete
(Foto: Divulgação)
Vida de árbitro não é fácil. É preciso ter bom condicionamento físico, conhecer a regra na ponta da língua e, em muitos casos, ter preparo mental para aguentar a pressão da torcida e dos jogadores. Para quem deseja seguir nessa profissão, José Pelissari, que atua como árbitro de basquete há mais de 30 anos, é enfático ao dizer que é preciso, acima de tudo, ter disponibilidade, principalmente aos finais de semana, período em que acontece grande parte dos jogos.

Um dos pontos importantes para o árbitro é sua condição psicológica. Pilissari, que já apitou em grandes eventos esportivos, dentre eles as Olimpíadas de Atlanta, em 1996, destaca que a preparação psicológica deve ser constante. “Não existe um jogo igual a outro. Muitas vezes visualizamos exemplos de jogos passados, em que o fator psicológico não foi bem trabalhado. Somos preparados para situações de pressão, seja dentro, ou fora da quadra. Ainda assim, momentos antes da partida, fazemos uma reflexão sobre as situações extras que poderão ocorrer durante o jogo”, conta o árbitro.

Mas que instituição procurar para se tornar um árbitro? Pelissari lembra que se o candidato pretende atuar nos campeonatos de federação, deve procurar o departamento de arbitragem da federação relativa à modalidade em que deseja trabalhar. Caso a opção seja por atuar em campeonatos não federados, como os universitários, escolares e ligas, por exemplo, deve-se procurar as entidades que administram esse tipo de jogos.

"Para se tornar um árbitro, é preciso, inicialmente, fazer um curso de formação na modalidade escolhida e ser aprovado. No caso do basquete, dependendo da função do árbitro, existe, ainda, o teste físico. Basicamente, em todas as modalidades, o árbitro vai conquistando gradativamente promoções por meio de cursos, avaliações e reciclagens. No basquete, o profissional começa a carreira como árbitro iniciante, também chamado de ‘regional’, busca sua promoção à categoria ‘nacional’ e, finalmente, ‘internacional’”, lista Pelissari, que também é formado em Educação Física. Além disso, ele fez cursos de especialização em arbitragem de basquete na Secretaria de Esporte e Turismo de São Paulo e na Federação Paulista de Basquete.

Em geral, nos cursos para a formação de árbitro, aprende-se desde as regras do jogo a outros idiomas, incluindo noções de preparação física, redação de súmulas e relatórios, e psicologia do esporte, dentre outras disciplinas. “O curso de formação dura, aproximadamente, seis meses e o candidato terá aulas sobre as regras do jogo, funções de quadra e mesa, mecânica de arbitragem, sinalização e comportamento, dentre outras coisas. Se aprovado no curso, o candidato recebe o título de ‘árbitro estagiário’ e, conforme seu desempenho, poderá, em menos de dois anos, ser promovido a árbitro ‘de primeira categoria, ou regional’. Essa nomenclatura varia conforme cada federação, ou estado”, explica.

Com relação à preparação física, ele destaca que, geralmente, os árbitros fazem duas vezes ao ano uma avaliação física, sendo o principal foco a verificação de sua resistência e o desenvolvimento muscular, incluindo a flexibilidade. “A grande maioria dos jogos é decidida nos instantes finais, em que a fadiga física ou psicológica não pode atrapalhar o posicionamento e o reflexo para tomar decisões corretas”, alerta o árbitro.


Fonte: Globo Universidade

domingo, 2 de dezembro de 2012

Juízes sob tutela

Ministra Eliana Calmon, diretora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados

Ex-Corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon promete causar barulho no comando da Escola Nacional de Magistrados (ENFAM). Quer um curso de reciclagem para desembargadores e um intensivo para juízes estaduais sobre os poderes em Brasília. "O juiz é um agente político, temos que abrir a cabeça dele para o País", diz.

Fonte: Istoé

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O profissional que o mercado quer


Débora Rubin
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Esqueça tudo o que você aprendeu sobre o mercado de trabalho. Estabilidade, benefícios, vestir a camisa da empresa, jornadas intermináveis, hierarquia, promoção, ser chefe. Ainda que tais conceitos estejam arraigados na cabeça do brasileiro – quem nunca ouviu dos pais que ser bem-sucedido era seguir tal cartilha? –, eles fazem parte de um pacote com cheiro de naftalina. O novo profissional, autônomo, colaborativo, versátil, empreendedor, conhecedor de suas próprias vontades e ultraconectado é o que o mercado começa a demandar. O modelo tradicional de trabalho que foi sonho de consumo de todo jovem egresso da faculdade nas últimas duas décadas está ficando para trás. É a maior transformação desde que a Revolução Industrial, no século XVIII, mandou centenas de pessoas para as linhas de produção, segundo a pesquisadora inglesa Lynda Gratton, professora da London Business School e autora do livro “The Shift: The Future is Already Here” (“A mudança: o futuro já começou”, em tradução livre).

Nas novas gerações esse fenômeno é mais evidente. Hoje, poucos recém-formados se veem fiéis a uma única empresa por toda a vida. Em grande parte das universidades de elite do país, os alunos sequer cogitam servir a um empregador. “Quando perguntamos onde eles querem trabalhar, a resposta é: na minha empresa”, conta Adriana Gomes, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo. Entre os brasileiros que seguem o modelo tradicional, a média de tempo em um emprego é de cinco anos, uma das menores do mundo, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – os americanos trocam mais, a cada quatro anos. O ritmo dinâmico inclui mudanças de função, de empregador, e até de carreira.
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O cenário atual contribui. “Estamos migrando de um padrão previsível para um modelo no qual impera a instabilidade”, diz Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Quem apostar na estrutura antiga vai sair perdendo, segundo a professora Tânia Casado, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. Isso significa, inclusive, rever o significado de profissão. “O que passa a valer é o conceito de carreira sem fronteiras, ou seja, a sequência de experiências pessoais de trabalho que você vai desenvolver ao longo da sua vida”, define Tânia, uma das maiores especialistas em gestão de pessoas do País. Dentro desse novo ideal, vale somar cada vivência, inclusive serviços não remunerados, como os voluntários, e os feitos por puro prazer, como escrever um blog.
O conceito não é novo. Surgiu em 1993 da mente futurista de Michael Arthur, professor de estratégia e negócios da Universidade Suffolk, nos Estados Unidos. Só agora, quase 20 anos depois, é que a teoria começa a virar realidade. De acordo com sua tese, a carreira sem fronteiras é aquela que se apoia no tripé “por quê, como e com quem”. “É preciso se perguntar o que você quer da sua vida e por quê; estudar para obter a técnica necessária e, por fim, estabelecer relações nas quais exista uma troca de conhecimentos”, explica Tânia, estudiosa da tese de Michael. Ou seja, você pode até passar anos no mesmo lugar, como fizeram seu pai e avô, desde que tenha a mente flexível do profissional sem fronteiras e busque autoconhecimento, atualização constante e intercâmbio de experiências.
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O novo profissional também tem que ter jogo de cintura para os novos arranjos trabalhistas. “A tendência é ter mais flexibilidade na remuneração, no tempo de duração da atividade, no conteúdo e no fuso e local de trabalho”, destaca Werner Eichhorst, diretor do Instituto de Estudos sobre o Trabalho de Bonn (IZA, sigla em alemão), na Alemanha. O home-office, prática de trabalhar em casa que começa a ganhar terreno, será a realidade de milhões de brasileiros nos próximos dez anos, sobretudo nas grandes cidades sufocadas pelo trânsito.
A revolução trabalhista está na pauta do dia por diversas razões. Em seu livro, Lynda Gratton apresenta o resultado de um estudo feito com 21 companhias globais e mais de 200 executivos na London Business School. Do extenso debate, ela elegeu as cinco forças que estão moldando o trabalho e, claro, seus profissionais. Em primeiro lugar, está a tecnologia. Como na Revolução Industrial, quando as máquinas aceleraram a produtividade, hoje a vida em rede e os recursos de ponta eliminam uma série de empregos e modificam outros tantos. No cenário brasileiro, há de se considerar a herança deixada pelas amargas décadas de 1980 e 1990, nas quais o desemprego e a terceirização explodiram – segundo Pochmann, o número de trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria subiu de 11,7% para 58,2% somente entre 1985 e 1990. Nos últimos anos, o desemprego vem diminuindo e a formalização aumentou. Esse crescimento, porém, se deve mais pela geração de novos postos de trabalho com carteira assinada do que pela regularização do trabalho informal. Hoje, 45% dos brasileiros ativos não são registrados, de acordo com o Ipea. 

Outras três forças citadas por Lynda Gratton são globalização, mudanças demográficas e preocupações ambientais. A primeira traz com ela a entrada de novos países no grande jogo econômico global – como o próprio Brasil. A segunda diz respeito à quantidade de gente no mundo – seremos nove bilhões em 2050 –, e à maior expectativa de vida. E a terceira tem a ver com as mudanças necessárias na forma de produzir e consumir para reduzir os impactos no meio ambiente. Por fim, a autora destaca a quinta força: as tendências de comportamento humano. Mais gente viverá só, as famílias serão menores e as relações afetivas serão foco de maior atenção. Trabalhar em casa ou próximo da moradia, mais que uma questão sustentável, será uma opção pelo bem-estar, algo que o brasileiro já valoriza. Em uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), no começo do ano, a meta profissional mais desejada em 2012 pelos entrevistados é “melhorar a qualidade de vida”, acima até da opção “ganhar mais”. “O workaholic está saindo de moda”, afirma a professora Adriana Gomes, da ESPM. “Aos poucos, as pessoas foram percebendo que a produtividade delas caía a médio e longo prazos.”
Não é só o profissional que deve estar preparado para tamanha virada. As empresas, sobretudo as grandes corporações que se expandiram ao longo dos últimos 20 anos, também precisam arejar suas convicções. Uma das principais mudanças é dar mais autonomia para que o funcionário crie, produza e evolua sem ficar estafado. Tânia Casado, da USP, coordena um grupo de estudo que tem se debruçado sobre um tema fresquinho, curioso e fundamental para o mundo corporativo: o “opt-out”. Trata-se da prática, ainda pouco conhecida e aplicada, na qual as pessoas podem continuar sua trajetória dentro de uma empresa sem ter que necessariamente seguir a trilha convencional de subir na hierarquia. “Executivos de grandes grupos me procuram preocupados com a fuga de talentos e me perguntam o que podem fazer para retê-los”, diz a professora. Isso inclui principalmente mulheres que gostariam de passar mais tempo com seus filhos após a licença-maternidade, sem abrir mão da carreira. A resposta de Tânia é: opt-out. Ofereça opções ou os talentos vão embora. Principalmente em um momento bom da economia.
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O desafio de lidar com esse novo perfil é tão grande que é o tema do Congresso Anual de Gestão de Pessoas (Conarh) deste ano, que será realizado em agosto. “Os profissionais, em especial os jovens, guiam suas carreiras por suas causas e valores”, diz Leyla Nascimento, presidente da ABRH, que organiza o evento. “Se percebem que seu empregador não compra a sua causa, ele simplesmente vai embora.” Outra insatisfação grande, segundo ela é não ser reconhecido, cobrado e valorizado, o que exige melhorias na comunicação e na forma como as lideranças atuam. Até mesmo o uso das redes sociais é visto como uma questão estratégica. “É uma realidade e não pode mais ser ignorada.” 

Nas empresas de médio porte, em especial as de tecnologia, esse novo profissional já encontra território acolhedor. Na Conectt, os 150 funcionários têm a liberdade de propor ideias a qualquer momento. São eles que decidem também os programas de bem-estar, além de desfrutar de horários maleáveis. Alguns designers nunca pisaram na sede da empresa, em São Paulo, e trabalham remotamente de diferentes pontos do Brasil. No ano passado, um programador recém-contratado avisou que sairia em seguida para passar uma temporada na Austrália. Foi incentivado e lhe asseguraram que teria sua vaga na volta. Segundo o sócio-diretor Pedro Waengertner, o importante é a equipe entregar o trabalho, independentemente da quantidade diária de horas trabalhadas, e ela se sentir parte fundamental do processo. “O funcionário é um ativo valioso e, para reter os melhores, é preciso ter flexibilidade”, diz ele.
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Nesse cenário de mudanças aceleradas, a legislação trabalhista brasileira é um entrave. Criada em 1943 por Getúlio Vargas e alterada em poucos detalhes ao longo das últimas décadas, a essência da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) corresponde a um Brasil que já não existe. A rigidez da CLT, que impede, por exemplo, a opção de meio período para várias profissões, é o ponto mais criticado pelos especialistas. Um estudo realizado no ano passado pelo IZA, de Werner Eichhorst, em parceria com a USP, faz um comparativo entre os dois países e mostra que a possibilidade de os funcionários alemães negociarem seus salários diretamente com os empregadores, sem sindicatos nem governo no meio, ajudou a salvar 350 mil postos durante a crise de 2008. No Brasil, a pesquisa aponta a cultura de desconfiança entre as partes como fruto de uma lei extremamente paternalista. Resultado: dois milhões de casos julgados na Justiça do Trabalho a cada ano. 

Apesar do embaraço legal, o mercado trata de pressionar, na prática, por mudanças. “Os empregadores vão achando as brechas até alguém ter a coragem de mudar”, acredita a professora Adriana, da ESPM. O governo Dilma acena com transformações. Irá propor ao Congresso duas novas formas de contratação, a eventual e a por hora trabalhada. As alterações podem dar mais dinamismo ao mercado e permitir que quem dá expediente dois dias na semana ou três horas por dia seja integrado formalmente à força produtiva do País. Se a proposta for adiante, estará em maior sintonia com a realidade atual. Afinal, a revolução no mundo do trabalho já começou.

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Fonte: Istoe.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2012

Corinthians fecha parceria e empresta nome a clube argentino


Clube paulista fecha parceria e batiza Corinthians Santa Fé na Argentina. Foto: Piervi Fonseca/Agif/Gazeta Press
Clube paulista fecha parceria e batiza Corinthians Santa Fé na Argentina
Foto: Piervi Fonseca/Agif/Gazeta Press
Em cerimônia comandada pelo diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg, o Corinthians apresentou nesta segunda-feira sua parceria com o argentino Santa Fé Fútbol Club, que passa a se chamar Sport Club Corinthians Santa Fé. A proposta é receber jovens formados na cidade que fica a 500 km de Buenos Aires e fazê-los brilhar no Brasil.
"Será um viveiro de craques", prometeu Rosenberg, pouco depois de mostrar o novo símbolo da equipe argentina: quase idêntico ao do Corinthians, com a bandeira do país vizinho substituindo a de São Paulo. Curiosamente, o clube não adotou o mesmo expediente na parceria com o Corinthians Paranaense, cujo escudo não carrega a bandeira do Paraná. "É simples: a bandeira do Paraná tem verde", explicou Rosenberg, lembrando da rivalidade com o Palmeiras.
Na prática, porém, os dois acordos são semelhantes. Jucilei, trazido do clube paranaense como aposta, deu certo, rendeu lucros aos cofres alvinegros e virou exemplo. "Agora resolvemos internacionalizar esse investimento. Encontramos um bando de loucos em Santa Fé e eles aceitaram o desafio", emendou Rosenberg, destacando as importâncias mercadológica e esportiva do negócio.
"Tem a ver com nossa ansiedade de ocupar o mundo, tirar o Corinthians exclusivamente das fronteiras brasileiras e fazer essa paixão transbordar. Onde encontramos um núcleo de malucos, tentamos nos aproximar. Esse mesmo esforço tentamos desenvolver na China", explicou. "A capacidade que a região de Santa Fé tem de gerar craques é reconhecida na Argentina inteira".
O Corinthians acredita que os jovens talentos da Argentina vão se interessar mais pelo Santa Fé ao tomarem conhecimento do intercâmbio com uma equipe do Brasil, que tem o mercado mais aquecido que o argentino. O clube paulista não vai interferir nas finanças de sua "filial", mas deve enviar membros da comissão técnica periodicamente para acompanhar de perto os jovens valores e escolher os melhores, que podem vir para a base ou até direto para o profissional.
O clube de Santa Fé existe há seis anos e mantém atividades apenas nas divisões amadoras, com exclusiva intenção de formar jogadores. De acordo com a diretoria, mais de 50 atletas já estão espalhados por clubes da Argentina, sendo que o de maior destaque é o meia-atacante Julián Cardozo, do Arsenal de Sarandí.
Fonte: Esportes Terra

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