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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O mar congelado na Antártica bate recorde





O Ártico no Polo Norte bateu o recorde de derretimento no verão. Este ano caminha para fechar como o mais quente da história. Foi o verão mais escaldante no Hemisfério Norte. Por outro lado, do lado de cá do mundo, surgem outras notícias. Os pinguins da Antártica não devem estar tão preocupados agora. O mar congelado que cerca a Antártica, no Polo Sul, bateu o recorde de extensão no inverno. A camada de gelo flutuante (que aparece em branco na imagem acima) chegou a 19,44 milhões de quilômetros quadrados em 2012, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), dos Estados Unidos. O recorde anterior, de 2006, era de 19,39 milhões de quilômetros quadrados.
O mapa acima mostra a maior extensão já registrada. Foi feito a partir de imagens de satélite. A área em cinza escuro é de terra firme. O cinza claro são as geleiras que saem da terra firme, mas estão flutuando.
O que houve com o aquecimento global? O recorde na Antártica indica que a Terra não está esquentando? Não é bem assim. Primeiro, embora seja um recorde, a extensão de gelo atual não está tão distante da média. A linha amarela mostra a média da extensão de gelo nos meses de setembro entre 1979 e 2000. Em alguns lugares, especialmente no Mar de Bellingshausen, o gelo este ano está menor do que a média histórica.
O gráfico abaixo mostra a oscilação da extensão de gelo flutuante na Antártica. Aparentemente, há um aumento ligeiro nas últimas décadas.
Em comparação, o histórico do Ártico é bem claro. A calota polar está desaparecendo década após década no verão. Este ano o Polo Norte bateu mais um recorde histórico de pouco gelo no verão. O gráfico abaixo mostra a retração no gelo ártico desde 1979. A linha preta é a variação na extensão do gelo, ano a ano. A linha azul mostra a tendência.
Segundo os cientistas, o inverno com muito gelo na Antártica e o verão com pouco no Ártico são fenômenos distintos. Para os pesquisadores Claire Parkinson e Donald Cavalieri, da Nasa, agência espacial americana, os hemisférios da Terra têm uma grande variabilidade de um ano para o outro. Pode haver mais gelo num e menos no outro. Ou mais gelo em ambos. E menos gelo em ambos”, afirmam. “Apesar disso, as tendências de longo prazo são claras: a magnitude da perda de gelo no Ártico excede consideravelmente os ganhos na Antártica.”
Para os pesquisadores da Universidade do Colorado, que fazem parte da equipe do NSIDC, comparar as tendências de gelo do verão e do inverno em dois polos é problemático porque são dois processos diferentes. “Durante o verão, o gelo flutuante derrete e a superfície escura do mar aumenta o aquecimento. No inverno, há outros fatores, como nevascas no gelo e o vento. Pequenas alterações na extensão do gelo no inverno são um sinal mais ambíguo do que a perda de gelo no verão. A expansão do gelo no inverno da Antártica pode ser efeito de variações nos padrões de vento e queda de neve. Já o declínio do gelo no Ártico é mais ligado ao aquecimento global”, escrevem os pesquisadores no blog do NSIDC.

(Alexandre Mansur)

Fonte: Blog do Planeta

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Derretimento de gelo na Groenlândia atinge nível recorde, diz NASA


Derretimento sem precedentes de crosta de gelo na Groenlândia este mês surpreendeu cientistas e outros acadêmicos que se preocupam com o degelo acelerado no local. 
Imagens divulgadas pela NASA nesta terça-feira (24/07) de três satélites independentes mostram que em apenas quatro dias, a quantidade de superfície de gelo descongelado disparou de 40% a 97% enquanto que o esperado seria o derretimento de 50% durante todo o verão. 
Reprodução
A imagem à esquerda foi tirada no dia 8 de julho e a da direita, no dia 12 de julho; em vermelho, o satélite identifica o gelo derretido e em branco, o gelo sólido
Em 30 anos de observação por meio de sensoriamento, o maior registro de derretimento na Groenlândia até então havia sido de apenas 55%. Segundo os dados sobre a superfície de gelo na Groenlândia, este nível de degelo foi observado foi observado, pela última vez, em 1889.
Por esta razão, Son Nghiem, cientista da agência norte-americana, quando se deparou com as fotografias questionou sua validade científica. “Isto é tão extraordinário que eu me perguntei sobre o resultado: isto foi real ou foi devido a um erro de dados?”, disse ele. A NASA, no entanto, comprovou o fenômeno por meio de outras imagens de satélites. 
Até mesmo a área perto da estação central da Groenlância, que está a 3,2 quilômetros acima do nível do mar perto do ponto mais alto da superfície de gelo, mostra sinais de derretimento. 
“Quando notamos degelo em locais que nunca vimos anteriormente, ao menos dentro de um longo período de tempo, faz você sentar e se perguntar o que está acontecendo”, comentou Waleed Abdalati, outro cientista da agência espacial. “É um grande sinal, mas só vamos conseguir compreender seu significado nos próximos anos”, completou.
Os estudiosos não sabem informar se este derretimento é consequente do aquecimento global ou se faz parte de um fenômeno natural, mas raro que teria acontecido também no final do século XIX. 
Para Lora Koening, esta segunda explicação é plausível, o que não significa que os cientistas não devem permanecer em alerta. “Dados sobre o gelo mostram que eventos desse tipo acontecem, em média, a cada 150 anos. Como o último aconteceu em  1889, o fenômeno está dentro do padrão”, explicou ela. “Mas, se nos próximos anos, nós continuarmos a observar derretimento como este, temos que nos preocupar”, acrescentou a glaciologista.
O derretimento coincidiu com um fenômeno climático que provocou o aumento da temperatura na Groenlândia, como explica o comunicado da agência espacial dos Estados Unidos. 
Fonte: Opera Mundi

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