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terça-feira, 5 de junho de 2012

Zygmunt Bauman: o pensador da "modernidade líquida"


 Zygmunt Bauman: “A vida é maior que a soma de seus momentos.”

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é um dos pensadores mais respeitados dos dias de hoje. Autor de mais de 50 livros, dezenas deles já lançados no mercado brasileiro, Bauman é dono de uma obra que dialoga com problemas centrais do cotidiano do homem deste século. Um dos seus temas de estudo é o que convencionou chamar de “modernidade líquida”, conceito fundamental para compreender sua teoria.

"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar."

Segundo o autor, os dias atuais são “líquidos”. Isto é, são dotados de extrema mutabilidade. Como costuma afirmar, nada é feito para durar, para ser “sólido”. Tudo então é rápido, transitório, fluido, passageiro. Vivemos, pois, sob o signo da instabilidade. E nosso mundo é, antes de tudo, um lugar de incertezas. Um mundo em crise(s): crise financeira, crise nos relacionamentos, crise do poder, crise na política, etc...

Professor emérito das universidades de Leeds, no Reino Unido, e de Varsóvia, na Polônia, Zygmunt Bauman encontra-se radicado na Inglaterra desde o ano de 1971. Durante todo esse tempo, e sobretudo após a sua aposentadoria, tem se dedicado com afinco a produzir novos e instigantes livros de sua “sociologia humanística".


Suas obras tentam analisar e compreender o complexo universo das relações humanas. Fugindo ao modelo esquemático de uma sociologia aos moldes convencionais, seus trabalhos possuem o mérito de atingir um público bem amplo, que vai do intelectual acadêmico ao leitor comum, sedento por entender melhor o que se passa ao seu redor.

Sem esquecer da dimensão ética e humanitária, tão necessárias às vivências dos atores sociais, o teórico da "modernidade líquida" constrói sua obra mergulhando em temas variados e cotidianos, porém não menos relevantes. Dentre as questões que estuda, destacam-se a globalização, os problemas que envolvem a sociedade de consumo, o individualismo, o poder, a política e a condição humana.

Dentre suas tantas obras, destacamos e recomendamos a leitura das seguintes: 

- 1987: Legislators and interpreters - On Modernity, Post-Modernity, Intellectuals. Ithaca, N.Y.: Cornell University Press. 
 - 1993: Ética pós-moderna (Postmodern Ethics. Cambridge, MA: Basil Blackwell. ISBN 0-631-18693-X). Paulus Editora.
- 1997: O Mal-Estar da Pós-Modernidade (Postmodernity and its discontents. New York: New York University Press. Traduzido por Luís Carlos Fridman. Jorge Zahar Editor.
- 1998: Globalização: As Conseqüências Humanas (Globalization: The Human Consequences. New York: Columbia University Press. Traduzido por Marcus Penchel. Jorge Zahar Editor.
- 2000: Modernidade Líquida (Liquid Modernity. Cambridge: Polity. Traduzido por Plínio Dentzien. Jorge Zahar Editor.
- 2003: Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (Liquid Love: On the Frailty of Human Bonds. Cambridge: Polity. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Jorge Zahar Editor.
- 2005Vida Líquida (Liquid Life. Cambridge: Polity. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Jorge Zahar Editor.
- 2006Medo líquido (Liquid Fear. Cambridge: Polity. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Jorge Zahar Editor.
- 2006Tempos líquidos (Liquid Times: Living in an Age of Uncertainty. Cambridge: Polity. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Jorge Zahar Editor.
- 2011: A ética é possível num mundo de consumidores? Traduzido por Alexandre Werneck. Jorge Zahar Editor.

Fontes: Istoé online – ed. 24 set. 2010
pt.wikipedia.org
Tempo soc. vol.16 no.1 São Paulo, Junho, 2004
globo.com\globo-news

Abaixo reproduzimos entrevista concedida ao programa Milênio, do canal Globonews.

Zygmunt Bauman avalia as crises e os protestos que se espalham por diversas capitais da Europa e do mundo. Confira a entrevista ao Milênio.




Em agosto de 2011, uma revolta em Londres chamou a atenção do mundo. Sem liderança aparente ou qualquer tipo de exigência, jovens foram às ruas. Incendiaram e saquearam lojas, invadiram shopping centers e destruíram símbolos da sociedade de consumo que os excluía.

A questão era intrigante. O que levou essas pessoas a essas ações violentas? Embora compartilhassem o contexto de crise econômica e falta de oportunidades com aqueles que levaram a cabo os movimentos da Primavera Árabe, os jovens do Reino Unido não queriam transformar a ordem. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, “foi uma revolta de consumidores desqualificados”. Eles queriam, na verdade, participar do sistema. O sociólogo viu naquela revolta o símbolo do momento em que vivemos. Para Bauman, aqueles jovens demonstraram a crise de um sistema consumista que hipotecou o futuro, desmantelou gradualmente as estruturas que mantinham a coesão social e comercializou a moral.


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