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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Eurozona volta à recessão, arrastada por Espanha e Grécia


A Eurozona está oficialmente em recessão, pela segunda vez em três anos, arrastada pelos resultados ruins de Espanha, Itália e Grécia, que tentam cumprir com a política de austeridade ditada desde Bruxelas.
"Durante o terceiro trimestre do ano, o PIB caiu 0,1% na Eurozona", indicou a primeira estimativa do Eurostat. Os técnicos definem uma recessão quando são registrados seis meses consecutivos de contração da atividade econômica.
Na Espanha, quarta economia da união monetária, o PIB registrou uma queda de 0,3%, segundo a Eurostat, coincidindo com os números divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol.
Em ritmo interanual, a contração do PIB na Eurozona foi de 0,4%, indicou a Eurostat.
"Tudo isso não faz mais do que confirmar uma 'double dip recession' (uma recaída na recessão logo depois de sair de uma), muito temida pelos mercados há meses", considerou Martin Van Vliet, do banco ING. Imediatamente após a crise financeira de 2008, que eclodiu nos Estados Unidos, a Eurozona caiu em recessão, mas havia recuperado o crescimento no terceiro trimestre de 2009.
Segundo as autoridades gregas, o PIB caiu 7,2% no terceiro trimestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano anterior.
O país, que atravessa seu quinto ano consecutivo de recessão, com uma queda acumulada do PIB de 22% desde 2008, prevê em seu orçamento para 2013 um sexto ano consecutivo de recessão com um retrocesso de 4,5% em relação aos 6,5% previstos neste ano.
A economia da Grécia, que se apoia principalmente no consumo interno, se viu duramente afetada pela queda acentuada do poder aquisitivo provocado pela austeridade aplicada desde 2010, após a explosão da crise da dívida.
Os dados despertam o alarme e dúvidas sobre as receitas impostas por Bruxelas e chamam a atenção de alguns países, como Alemanha e Holanda, para recuperar o crescimento e o emprego no bloco, após mais de dois anos da crise de dívida europeia.
Por enquanto, estas medidas - que alguns países, como a Espanha, cumprem rigorosamente - só trouxeram mais recessão, desemprego, queda do consumo, falta de confiança na recuperação econômica e mal-estar social. Para 2013, o governo espanhol prevê uma queda do PIB de 0,5%.
Elas também arrastam para baixo os países mais ricos da Eurozona. A Alemanha, por exemplo, registrou um crescimento de 0,2% no terceiro trimestre. Mas no trimestre anterior seu PIB havia sido de +0,3%. A Holanda, que registrou um leve crescimento de 0,1% no trimestre passado, passou agora a uma contração de -1,1%. A Áustria passou de 0,1% ao vermelho, -0,1%.
Ao menos a França se recuperou, ao passar de -0,1% para um número positivo de 0,2%. A Itália também melhorou, embora tenha se mantido na escala negativa (de -0,7% no trimestre anterior a -0,2% neste).
A queda na Itália é inferior às previsões dos economistas, que estimavam uma contração entre 0,4% e 0,5% do PIB no trimestre, o que foi considerado "uma boa surpresa".
Os cidadãos europeus já perderam a paciência. Centenas de milhares de pessoas protestaram na quarta-feira em Madri, assim como em muitas cidades da Espanha, em um dia de greve geral convocada pelos sindicatos contra a política de austeridade do governo de Mariano Rajoy.
Essas mobilizações fizeram parte de um dia de protestos convocados em vários países europeus contra a austeridade, o desemprego e a precariedade.
O vice-ministro grego das Finanças, Christos Staikouras, explicou recentemente que os credores do país, e em particular o Fundo Monetário Internacional (FMI), se equivocaram sobre o impacto das políticas de austeridade sobre a recessão.
Desde 2009, "o coeficiente multiplicador" das medidas sobre a redução do PIB foi de "aproximadamente 1, em vez de 0,5" que a UE e o FMI levaram em conta quando impuseram medidas à Grécia em troca de seu resgate, explicou o ministro, e disse que o FMI reconheceu seu erro de cálculo.
Recentemente, a Comissão Europeia divulgou suas previsões de outono, nas quais previu que o PIB dos países da Eurozona se contrairá 0,4% neste ano e o crescimento estará em ponto morto em 2013 (+0,1%) até se consolidar gradualmente em 2014.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

EUROPA RUMA PARA SEGUNDA RECESSÃO EM APENAS TRÊS ANOS




Correio do Brasil, com agências internacionais - de Londres

A economia da zona do euro está caminhando para sua segunda recessão em apenas três anos, enquanto a União Europeia ficará estagnada, afirmou o escritório da UE nesta quinta-feira, alertando que a região ainda precisa quebrar o ciclo vicioso de dívida. A produção econômica das 17 nações que compartilham o euro irá contrair 0,3% este ano, afirmou a Comissão Europeia em relatório, revertendo a previsão anterior que mostrava crescimento de 0,5% em 2012. A União Europeia, composta pelas 27 nações que geram um quinto da produção global, não registrará crescimento este ano, segundo expectativa da Comissão.

“A UE está pronta para enfrentar um PIB (Produto Interno Bruto) estagnado este ano, e a zona do euro irá sofrer uma pequena recessão”, afirmou a Comissão em seu relatório interino. “Retornos negativos se enrolam entre os fracos devedores soberanos, frágeis mercados financeiros, e uma desaceleração da economia real ainda não parece ter sido quebrada”, acrescentou.

A zona do euro esteve em recessão pela última vez em 2009 em decorrência da crise econômica global, com a economia se contraindo em 4,3 %, na maior retração mundial desde os anos 1930. Uma mistura venenosa de altas dívidas públicas, evaporando a confiança do investidor e dos negócios e aumentando o desemprego, interrompeu uma recuperação de dois anos da crise financeira global, dizem economistas. Apesar dos sinais de estabilização este ano, economistas consultados pela Reuters esperam que o crescimento retorne apenas em 2013.

A inflação para a zona do euro este deve ficar mais próxima do que o Banco Central Europeu (BCE) julgar ser o nível correto para preços estáveis e uma economia saudável: 2,1%, segundo projeção da Comissão. A previsão de crescimento para a zona do euro é ligeiramente mais otimista que a do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acredita que a produção na região cairá 0,5 % este ano. Mas ambos concordam que o bloco só apresentará uma modesta recuperação nos últimos meses de 2012.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Banco da Itália diz que 2102 será um ano de recessão para o país

O presidente do Banco da Itália, Ignazio Visco, disse neste sábado (18/02) que 2012 será um ano de recessão no país, após ressaltar que essa instituição prevê uma redução de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano.
Visco, que discursou em um fórum econômico na cidade de Parma, afirmou que "é preciso olhar para frente", já que se prevê uma estabilização da atividade produtiva para o segundo semestre do ano e um retorno ao crescimento a partir de 2013.
O dirigente do Bankitalia, como é conhecido o banco central italiano, pediu aos bancos que não "asfixiem" as empresas e que sejam prudentes, segundo a imprensa local.
Ressaltou ainda que o BCE (Banco Central Europeu) e as entidades financeiras do eurossistema continuarão "assegurando seu apoio à liquidez e às atividades de empréstimo dos bancos".
Segundo dados do Istat (Instituto Nacional de Estatística), a Itália se encontra oficialmente em recessão, depois de ter contraído seu PIB no quarto trimestre de 2011 em 0,7% em relação ao trimestre anterior.
O PIB italiano já havia descido 0,2% entre julho e setembro de 2011 em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, de acordo com o Istat.
Se forem comparados dados anualizados, o PIB italiano diminuiu 0,5% no quarto trimestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: Opera Mundi

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aumentam temores de que Portugal peça novo resgate e reestruturação


Lisboa - Os mercados financeiros temem cada vez mais que Portugal se veja obrigado a pedir um segundo resgate financeiro e uma reestruturação de sua dívida, tornando-se uma "nova Grécia", mas o governo português já se pronunciou dizendo que isso não irá ocorrer.

"Para Portugal, o mais importante agora é reduzir a pressão externa, que é originada na situação grega", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, após a reunião europeia de segunda-feira em Bruxelas.

Segundo Coelho, mesmo que Irlanda ou Portugal não sejam capazes de emitir títulos da dívida nos mercados financeiros nos prazos acordados, a União Europeia (UE) não retirará seu apoio a estes países enquanto seus programas forem aplicados corretamente.

Em uma declaração comum, os países da zona do euro se comprometeram a apoiar os Estados resgatados como Portugal e Irlanda até que eles possam voltar aos mercados.

Depois de Grécia e Irlanda, Portugal se converteu em maio no terceiro país da Eurozona a pedir um resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de um total de 78 bilhões de euros.

O objetivo desta assistência é permitir que Lisboa possa cumprir com seus compromissos financeiros, já que os juros exigidos pelos mercados para comprar dívida portuguesa se tornaram proibitivos.

Nesta terça-feira, o rendimento do bônus português a dez anos rondava os 16%.

"É possível que Portugal precise de mais dinheiro por causa da conjuntura econômica", disse Patrick Jacq, estrategista de obrigações no banco francês BNP Paribas.

Cumprindo os compromissos adquiridos com a UE e o FMI, o governo português tem aplicando um severo plano de rigor, lançado uma reforma do mercado de trabalho e iniciado um programa de privatizações.

Contudo, a receita de rigor provocará este ano uma recessão "sem precedentes" de 3,1% do PIB, segundo o Banco de Portugal, o que pesará na arrecadação fiscal.

Fora do país, a desaceleração da economia mundial, em especial da zona do euro, ameaça frear as exportações portuguesas, único motor que pode reativar o crescimento.

"Contudo, caso a Grécia alcance um acordo com seus credores privados e se beneficie de um plano suplementar, penso que a situação nos mercados se acalmará", disse Patrick Jacq.

Fonte: Correioweb/France Press

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crônica de uma decepção anunciada


Ricardo Amorim
Ricardo Amorim é economista, apresentador do "Manhattan Connection" (Globo News) e presidente da Ricam Consultoria (www.ricamconsultoria.com.br)

Mesmo que mais calotes não ocorram e a Europa tenha uma recessão branda, é provável que ela se estenda aos EUA

Dezembro, mês internacional das promessas e previsões para o ano vindouro. Uma previsão para 2012: você vai prometer e programar um monte de mudanças que não vão acontecer... e eu também. No Ano-Novo, imaginamos tudo que gostaríamos que acontecesse e desconsideramos solenemente qualquer potencial dificuldade. Conhece alguém que inclua problemas de saúde, perda de emprego ou crises no casamento em suas expectativas para o Ano-Novo? Nem eu.
A mesma coisa acontece com as previsões econômicas. 

A maioria dos economistas projeta a manutenção do status, ignorando potenciais obstáculos. No caso das previsões dos governos, o problema é ainda pior. O governo brasileiro projeta um PIB 5% maior em 2012; a maioria dos economistas espera crescimento de 3,5%. Minha previsão de Ano-Novo: todos exageraram no otimismo, talvez por muito.

Devido à letargia dos líderes europeus, recessão por lá em 2012 é praticamente uma certeza. Uma recessão branda é o cenário mais otimista. O cenário alternativo – se os europeus forem incapazes de implementar uma resposta ampla e significativa aos desafios atuais – é uma crise crônica de proporções superiores às causadas pelo colapso do banco Lehman Brothers em 2008.

No caso de um eventual processo generalizado de calotes de países europeus, a probabilidade de problemas financeiros mais sérios, similares aos causados pela quebra do Lehman Brothers, é muito grande.

Só que, desta vez, o arsenal de combate à crise nos países desenvolvidos está praticamente exaurido. Ao contrário de 2009, eles não podem mais estimular suas economias com aumento de gastos públicos e redução de impostos. Agora, há uma crise fiscal que exigirá exatamente o contrário. 

Também não terão como impulsioná-las reduzindo as taxas de juros. Elas já estão em 1% a.a. ou menos, em praticamente todos eles. O único instrumento de estímulo econômico que restou, o menos eficiente deles, é imprimir dinheiro – com efeitos colaterais na inflação e na taxa de câmbio, como todo brasileiro que viveu a década de 80 sabe.

Mesmo que mais calotes não ocorram e a Europa tenha apenas uma recessão branda, é bem provável que ela se estenda aos EUA. Desde 1948, toda vez que o crescimento trimestral americano caiu abaixo de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em seguida ele se tornou negativo. Quando o crescimento perde força, empresas param de contratar e investir, e bancos param de emprestar, aprofundando o próprio desaquecimento. No terceiro trimestre de 2011, o PIB americano cresceu 1,4% em relação ao terceiro trimestre de 2010. Paralisia política, corte de gastos públicos e aumento de impostos elevam ainda mais a probabilidade de recessão nos EUA em 2012.

Com Europa e EUA em recessão, só restaria o último dos pilares da economia mundial, a China. Infelizmente, a economia chinesa também está mais frágil do que em 2008. Então, o PIB chinês crescia 14% a.a. Agora, 9% a.a. Além disso, a redução na oferta de crédito global, causada por preocupações com a Europa, expôs problemas nas construtoras chinesas. Um eventual estouro de bolha imobiliária na China aumentará as dificuldades da economia global.

Quem lê habitualmente esta coluna não se surpreendeu com a estagnação do PIB brasileiro no terceiro trimestre deste ano. Não se surpreenda também com um crescimento muito baixo no ano que vem e até com uma pequena queda, se calotes ocorrerem na Europa. Feliz 2013.
Fonte: Revista Istoé

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