quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nancy Andrighi defende visão sociológica na atuação dos juízes





Ministra Nancy Andrighi defende visão sociológica na atuação dos juízes
A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse nesta quinta-feira (6) que o juiz moderno não pode exercer seu papel olhando apenas a lei, mas deve estar atento à “dimensão sociológica de suas decisões”. Segundo ela, hoje não há mais lugar para a ortodoxia no exercício da magistratura ou da advocacia.

A ministra fez essas afirmações ao abrir o primeiro curso de conciliação e mediação oferecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e pela Advocacia-Geral da União (AGU). A iniciativa do Curso de Mediação e Técnicas Autocompositivas é mais uma parceria realizada pelo ministro Cesar Asfor Rocha, diretor-geral da Enfam.

Destinado a advogados da União, juízes, procuradores do Banco Central e da Fazenda Nacional, além de servidores e membros da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), o curso objetiva a solução de pendências judiciais através da vontade conciliatória. Previsto para ser encerrado na tarde desta sexta-feira (7), o curso tem 60 inscritos, dos quais 50 representam a AGU e dez, a magistratura estadual e federal do país.

Coordenadora do curso, a ministra Nancy Andrighi é considerada uma das maiores autoridades do tema no Brasil. No discurso de abertura, ela disse reconhecer a ineficiência dos mecanismos estatais de resolução dos conflitos materializados em processos judiciais, lembrando que a prática deve ser exercício de humildade imprescindível a todos os juízes.

Mudança de mentalidade

“Exercendo essa humildade, devo admitir que, na jornada que cumpri durante mais de três décadas, muitas vezes não desempenhei a contento meu principal ofício, que é o de ser pacificadora social e acalentadora de almas”, ressaltou a ministra.

Segundo ela, processos repletos de “profunda perturbação” são conduzidos diariamente pelos juízes e advogados. Para Nancy Andrighi, é impostergável a mudança de mentalidade dos atores da cena judiciária. “Não há mais lugar para juiz ou advogado ortodoxo. A intolerância com o novo ou o diferente é incompatível com os instrumentos modernos que possibilitam ao jurisdicionado postular a defesa de direitos antes indefensáveis”, afirmou.

“Aqui reside o principal da Enfam”, continuou a ministra: “As escolas da magistratura se constituem no caminho mais próximo para se atingir a modernidade e o modo novo de advogar e judicar. Os novos tempos vedam ao juiz anelar-se apenas à lei. Atualmente se exige que ele esteja plenamente consciente da dimensão sociológica de suas decisões.”

Representando o ministro Cesar Rocha na solenidade, a ministra agradeceu as participações da AGU e do ministro Luís Inácio Adams na jornada de humanizar cada dia mais a justiça brasileira. “Obrigada por se dispor a andar conosco nesses novos caminhos, dando ao Judiciário uma lição de modernidade e preocupação com o cidadão ao criar a sua própria Câmara de Mediação”, elogiou Nancy Andrighi.

Prioridade na Enfam

Fruto de acordo entre Enfam e AGU em abril deste ano, o treinamento sempre foi uma das prioridades do ministro Cesar Rocha para este segundo semestre. Conforme o documento, essa fase do curso terá como conteúdo principal os acordos judiciais e extrajudiciais amigáveis. A proposta final é somar esforços para desafogar o Poder Judiciário.

Na elaboração do curso, a ministra teve a colaboração do desembargador Néfi Cordeiro (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e dos juízes Roberto Bacellar, diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura, e André Gomma (Tribunal de Justiça da Bahia), que também são instrutores dos participantes.

Além da ministra e do chefe da AGU, ministro Luís Inácio Adams, participaram da abertura do curso o ministro Marco Buzzi, do STJ, o desembargador Néfi Cordeiro, o procurador federal Francisco Orlando Costa Muniz, diretor da Câmara de Conciliação e Arbitragem da União, e o professor argentino Juan Roberto Tausk, representante da Universidade de Buenos Aires e principal palestrante do primeiro dia do curso, que tem apoio do Conselho da Justiça Federal, da Associação Brasileira de Magistrados, da Escola Nacional da Magistratura e da Associação dos Juízes Federais. 


Fonte: Site do STJ

Aos que vierem depois de nós (Bertold Brecht)



         Bertolt Brecht
(Tradução de Manuel Bandeira)

Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar. 

Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?

É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.

Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles. 
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra. 

Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.

Íamos, com efeito,
mudando mais freqüentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.

E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.




Bertolt Brecht nasceu em Augsburg, Alemanha, em 1898. Em 1917 inicia o curso de medicina em Munique, mas logo é convocado pelo exército, indo trabalhar como enfermeiro em um hospital militar. Aquele que iria se tornar uma das mais importantes figuras do teatro do século XX, começa a escrever seus primeiros poemas e cedo se rebela contra os "falsos padrões" da arte e da vida burguesa, corroídas pela Primeira Guerra. Tal atitude se reflete já na sua primeira peça, o drama expressionista "Baal", de 1918. Colabora com os diretores Max Reinhardt e Erwin Piscator. Recebe, no fim dos anos 20, instruções marxistas do filósofo Karl Korsch. Em 1928, faz com Kurt Weill a "Ópera dos Três Vinténs". Com a ascensão de Hitler, deixa o país em 1933, e exila-se em países como a Dinamarca e Estados Unidos da América, onde sobrevive à custa de trabalhos para Hollywood. Faz da crítica ao nazismo e à guerra tema de obras como "Mãe coragem e seus filhos" (1939). Vítima da patrulha macartista, parte em 1947 para a Suíça — onde redige o "Pequeno Organon", suma de sua teoria teatral. Volta à Alemanha em 1948, onde funda, no ano seguinte, a companhia Berliner Ensemble. Morre em Berlim, em 1956.

P.S.: Poesia enviada pelo amigo Jorge Leão.

O mundo perde um visionário: Steve Jobs

(*24-02-1955   + 05-10-2011)



O mundo perdeu na noite da quarta-feira um dos grandes visionários do nosso tempo. Steve Jobs foi a síntese de várias qualidades: criativo, inovador, ousado, grande homem de negócios, empreendedor, brilhante... enfim... poderia acumular mais alguns adjetivos no decorrer desse texto e, mesmo assim, creio que não seria exagero de minha parte. Como creio que não é exagero dizer que o criador do "IMac" e fundador da Apple revolucionou a informática e a tecnologia, legando aos dias atuais uma série de inventos que permeiam o cotidiano das pessoas de forma marcante e quase indispensável. 

Celulares, computadores pessoais, tocadores de Mp3, são hoje itens de uso massivo, integrados quase por completo à essência dos nossos afazeres. Graças ao senso estético de Jobs, as linhas dos aparelhos inovadores que imaginava descreviam para além de uma ideia, também uma pequena obra de arte. Não à toa que sua Apple virou um ícone de imensa força evocativa. Verdadeira grife e sonho de consumo dos amantes da ciência da computação, a empresa da maçã mordida, fundada na juventude com o amigo (o outro Steve) Wosniak, foi um sonho que se tornou verdade e revolucionou a forma como nós lidamos com a informação, a música e com as imagens. Hoje já não podemos mais imaginar o mundo sem tais utensílios: celulares, PC's, etc. 

Steve Jobs, além do mais, criou uma filosofia subjacente ao modo como promovia as mudanças, sem medo, ao anunciar seu novos produtos, moldados como peças de arte tecnológicas. Em sua filosofia a junção de arte e ciência resultava em desejos humanos realizados, em solução para problemas práticos. E o que ninguém imaginava saía do papel (ou da cabeça) para a mesa de trabalho, para a rua, para os ouvidos, para a escola, para as mãos, corações e mentes dos usuários, em qualquer lugar do planeta.

Sua morte nos deixa a sensação de uma perda inestimável. Não sei se veremos ainda um outro homem como ele, com tais preceitos, com tanta ousadia para brindar-nos com sucessivas maravilhas. Jobs foi um Michelangelo, um Da Vinci do nosso tempo. E assim como aqueles, gênios de múltiplos talentos, este também nos revelou a magia e a paixão de criar.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Celebridades que se parecem


1 – Jon Heder e James Blunt

2 – Blake Lively e Ke$ha
3 – Chad Smith e Will Ferrel
4 – Jeffrey Dean Morgan e Javier Bardem
5 - Leighton Meester and Minka Kelly
6 - Stephen Colbert e Bob Saget.
7 -Paz Vega e Penelope Cruz
8 – Penn Badgley e John Mayer
- Ed Harris e Robocop
10 - Asbjoern Riss e Hulk Hogan









Brasil e Costa Rica fazem duelo em "território chinês" na América Central"



por globoesporte.com
Leandro Canônico/Globoesporte.com
Brasil e Costa Rica fazem duelo em ‘território chinês’ na América Central
O amistoso entre Brasil e Costa Rica, na próxima sexta-feira, às 23h (de Brasília), será em “território” chinês. Pode até parecer estranho, já que o duelo está marcado para San José, capital costa-riquenha, mas é a realidade: o Estádio Nacional foi construído pelos asiáticos e doado ao governo do país da América Central.
Explica-se: os US$ 95 milhões investidos na construção fizeram parte de um acordo dos líderes chineses com os costa-riquenhos depois do rompimento das relações dos centro-americanos com Taiwan. Foram apenas dois anos de obras. E o estádio, com capacidade para 36 mil pessoas, virou o principal da América Central.
O presidente da Costa Rica à época desse acordo era Oscar Arias Sánchez, Prêmio Nobel da Paz em 1987. No estádio, aliás, são inúmeras as placas com mensagens do ex-governante (a atual presidente é Laura Chinchilla). Todas elas traduzidas para o mandarim, assim como naquela em que está grafado o nome do local.
No último domingo, o Estádio Nacional da Costa Rica, foi palco da vitória da Liga Deportiva Alajuelense sobre o Belén, por 1 a 0. Atual bicampeã, La Liga lidera a competição e caminha para seu tricampeonato. Ao acompanhar a partida, além de ser visível a modernidade, os detalhes chineses estão por todos os cantos.
Seja nos quadros, nos avisos, nas arquibancadas ou até mesmo nas traves. Por todos os lados há um dizer ou uma frase em mandarim. Atrás dos dois gols, os chineses construíram dois telões de grande dimensão, que dividem o placar eletrônico com a transmissão ao vivo da partida.
O gramado do Estádio Nacional da Costa Rica também é elogiável. Está impecável e bem cuidado para receber a Seleção Brasileira e o time local. A visibilidade da arquibancada e das numeradas, no entanto, deixa a desejar na distância. Por conta de uma pista de atletismo, o campo fica bem longe dos torcedores.
A Seleção Brasileira se apresenta nesta segunda-feira em San José para o amistoso de sexta-feira. Os treinamentos começam a partir de terça-feira. Sempre às 22h (de Brasília). Logo depois do jogo, o Brasil embarca para Torreon, local do duelo com o México, no próximo dia 11.

Nobel de Física vai para três cientistas americanos




A real academia de Ciências da Suécia anunciou na manhã desta terça-feira (4) que o prêmio Nobel de física de 2011 vai para três pesquisadores que descobriram a aceleração da expansão do universo a partir da observação de supernovas distantes. Metade do prêmio de 1,5 milhão de dólares (cerca de 2.8 milhões de reais) irá para o norte-americano Saul Perlmutter. A outra metade será dividida entre outros dois cientistas dos EUA: Brian Schmidt, que é radicado na Austrália, e Adam Riess.

De acordo com os jurados do Prêmio Nobel, o estudo dos astrônomos permitiu novos entendimentos sobre a evolução do universo. Os dois grupos de pesquisadores descobriram que a expansão não estava indo mais devagar, como se acreditava, na verdade ela estava se acelerando.
Schmidt recebeu o anúncio e sua casa na Austrália (às 21h no horário local) e falou ao vivo durante a cerimônia. "Tenho a mesma sensação que tive quando as minhas crianças nasceram. Estou muito animado e surpreso. Ocasionalmente as pessoas falavam sobre isso, mas eu não esperava pelo prêmio" disse o premiado que afirmou que vai dormir em breve e que nestas próximas horas deve pensar em o que pretende fazer no dia seguinte ao anúncio. O professor afirmou que dará aula amanhã na Universidade justamente sobre o assunto que foi premiado.

Fonte: Ultimo segundo IG

A viagem de Dilma à Bulgária



Jamil Chade / ENVIADO ESPECIAL A SÓFIA (O Estado de São Paulo)
A presidente Dilma Rousseff desembarca esta noite em Sófia, capital da Bulgária, com o cuidado de não ser usada pelos políticos locais que concorrem a eleições daqui a duas semanas. Festejada como exemplo de uma “búlgara bem-sucedida”, ela é vista como cabo eleitoral ideal dos candidatos envolvidos na campanha.
A presidente encontrará uma sociedade em convulsão, vivendo até um conflito étnico. Já os seus familiares, descontentes com a disputa política, insistem em manter o encontro apenas como “assunto privado”.
Os políticos na Bulgária não escondem que seu objetivo é o de atrair investimentos brasileiros para a região, mergulhada na depressão econômica. O governo brasileiro não vê problemas em ser visto como esperança para o país, mas não pretende deixar que Dilma seja usada. “Será uma visita de Estado e estamos tentando manter o programa o mais institucional possível”, comentou uma fonte do governo. O Planalto chegou a pensar em adiar a viagem para 2012, quando a eleição já terá passado, mas a agenda foi mantida.
Ainda assim, Dilma desembarca em meio a um caos social e político, com 18 candidatos à presidência. O partido de direita, tido como favorito, tem como candidato Rosen Plevneliev, apoiado pelo atual primeiro-ministro, Boyko Borisov. Já o presidente búlgaro, o socialista Georgi Parvanov, quer eleger um sucessor de seu próprio partido.
Disputa. A briga para aparecer ao lado de Dilma é escancarada. Boika Bashelieva, assessora de imprensa da Presidência, garantiu ao Estado que a eleição não vai interferir na visita – e que os acordos serão assinado pelo presidente Parvanov.
O primeiro-ministro Borisov chegou a anunciar investimentos da Embraer, não confirmados, e vendeu a ideia que foi ele quem trouxe Dilma para Sófia.

Dilma chega à Bulgária

Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff, ao desembarcar na noite desta terça (4) em Sófia, na Bulgária, onde terá encontros com o presidente, Georgi Parvanov, e com o primeiro ministro, Boyko Borissov (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff, ao desembarcar na noite desta terça em Sófia, na Bulgária, onde terá reuniões com o presidente, Georgi Parvanov, e com o primeiro ministro, Boyko Borissov na quarta (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Na Bulgária, Dilma deverá visitar, na quinta (6), a cidade de Gabrovo, onde nasceu seu pai, Pedro Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Na Bulgária, Dilma deverá visitar, na quinta (6), Gabrovo, cidade natal do seu pai, Pedro Rousseff, e onde deve encontrar familiares e visitar o museu local (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

domingo, 2 de outubro de 2011

Os estados-membros de uma Federação possuem soberania ou autonomia?




Os estados-membros que formam uma federação não são verdadeiros Estados (Estados com ‘E’ maiúsculo). São apenas estados (com ‘e’ minúsculo). Portanto, não são dotados de soberania, mas apenas e tão-somente de autonomia (auto + nomos = capacidade de dar a si próprio suas leis). Soberania é atributo dos Estados, sejam tomados em si mesmos, unitariamente, sejam os Estados Confederados, como no caso histórico da formação dos Estados Unidos da América (as 13 colônias).
É o princípio da autonomia um dos pontos focais que configuram a forma federativa de Estado, caracterizando-se, dentre outros aspectos, pela união entre entes ou membros (aqui, os estados-membros, componentes da federação), com esteio em uma Lei Fundamental.
Segundo DALLARI (1992, p.11), “os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo uma autonomia política limitada.” (grifo do autor) Assim sendo, o surgimento da federação implica necessariamente na perda da soberania do antigo Estado, que, agora, em nova condição, tornar-se estado federado (estado-membro do novo Estado que decorre da união dos primitivos Estados).
Na lição de MORAES (2005, p. 246):

O mínimo necessário para a caracterização da organização constitucional federalista exige, inicialmente, a decisão do legislador constituinte, por meio da edição de uma constituição, em criar o Estado Federal e suas partes indissociáveis, a Federação ou União e os Estados-membros, pois a criação de um governo legal supõe a renúncia e o abandono de certas porções de competências administrativas, legislativas e tributárias por parte dos governos locais.

SILVA (1994, p. 561) lembra que “a Constituição Federal assegura autonomia aos Estados federados que se consubstancia na sua capacidade de auto-organização, autolegislação e de auto-administração (arts. 18, 25 a 28)”. E LENZA (2010, p. 344) complementa tal ensinamento afirmando que

Os entes federativos são, portanto, autônomos entre si, de acordo com as regras constitucionalmente previstas, nos limites de suas competências; a soberania, por seu turno, é característica de todo o ‘país’, (...), no caso do Brasil, a República Federativa do Brasil.

Cabe frisar, a título de esclarecimento final, que, de acordo com o que dispõe o artigo 18 da Carta Magna, bem assim o melhor entendimento doutrinário, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são todos entes autônomos. Soberania, enquanto um de seus fundamentos, só detém a República Federativa do Brasil.


Rogério Henrique C. Rocha


REFERÊNCIAS

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1992, p. 11.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado.  14. ed. revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 246.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 10. ed. revista. São Paulo: Malheiros, 1995.

sábado, 1 de outubro de 2011

INSS: presidente prevê provas para janeiro ou fevereiro



O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Luciano Hauschild, informou na última quarta, dia 28, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceira com a Empresa Brasil de Comunicação, que as provas do concurso de técnico do seguro social e perito médico deverão ocorrer em janeiro ou fevereiro do próximo ano. "A expectativa é que as provas aconteçam em janeiro ou fevereiro. E a partir de março poderemos fazer a nomeação dos aprovados", afirmou.

Tendo como base a previsão de Hauschild, o edital do concurso destinado ao preenchimento de 2.500 vagas (2 mil técnico e 500 para perito médico) deverá ser publicado, no mais tardar, até novembro. Isso porque o Decreto nº6.944 estabelece prazo de, no mínimo, 60 dias entre a divulgação do documento e a realização das provas.
Apesar das projeções quanto ao edital, a próxima etapa a ser vencida para a realização do concurso é a publicação da portaria de autorização pelo Ministério do Planejamento (MPOG). A seleção foi autorizada "informalmente" pela presidente Dilma Rousseff em agosto. Agora, o INSS aguarda pela sua formalização. Em seguida, a autarquia terá que definir a escolha da organizadora.

Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, publicada na edição nº1.989, nas bancas, o ministro da Previdência, Garilbaldi Alves, está otimista que a portaria do ministério do Planejamento, dando sinal verde para a realização do concurso, ocorrer rapidamente. "A pressa maior é nossa, porque inauguramos as agências e estamos preocupados com relação ao atendimento. Temos a certeza de que o Planejamento vai ser sensível à autorização da presidenta Dilma, e ela vai ser publicada logo."

O cargo de técnico requer o nível médio (antigo 2º grau) e, por isso, é uma grande oportunidade para jovens que desejam conquistar o primeiro emprego. A remuneração é de R$3.935,29 (considerando 80 pontos de gratificação de atividade Executiva e de gratificação de desempenho de atividades do Seguro Social), para carga de trabalho de 40 horas por semana. Aos ganhos já está incluso auxílioalimentação de R$304.

Já para concorrer à função de perito médico, o interessado deve ter graduação em Medicina. A remuneração será de R$9.080,93 (80 pontos de gratificação de desempenho de atividade de Perícia Médica Previdenciária). Estão incluídos aos vencimentos R$304 de auxílioalimentação. Agente Administrativo da Polícia Federal O presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, ainda em entrevista ao programa Brasil em Pauta , afirmou que o concurso será fundamental para efetivação do Plano de Expansão da rede de Atendimento da autarquia, que prevê a construção de 720 novas agências, em municípios com mais de 20 mil habitantes, até 2014. R$45,00 R$ 40,50 "As vagas serão distribuídas por todo o país. As vagas são, principalmente, para suprir a demanda que vai surgir com a inauguração das novas agências, que estão sendo construídas. Fizemos remoção, para quem tinha o desejo de trabalhar em outra cidade. Mas nós não temos servidores Técnico do INSS para colocar nessas unidades", explicou.

Fonte: Folha Dirigida

Um jeito disfarçado de se tomar cerveja

Sabem aquelas pessoas que não podem beber em público? Ou as que estão, digamos assim, proibidas de tomar aquela cervejinha de vez em quando, mas não resistem a uns golinhos? Vejam a solução que essa cara encontrou!

Obs.: Não se esqueça! Beba com moderação.

Desenhos criativos (parece, mas não é o que você está pensando)

Com criatividade, e uma certa dose de duplo sentido, uma sequência interessante de desenhos que começam de um jeito e terminam de outro.


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